As turmas de 7ª, 6ª e 4ª fase do curso de Pedagogia da Unifebe visitaram a aldeia Guarani Tekoá Vy’a, no município de Major Gercino, no mês de abril. A ação foi parte das celebrações do Dia dos Povos Indígenas e possibilitou a interação entre acadêmicos e moradores da aldeia.
O grupo pôde conhecer mais sobre a cultura, preservação de hábitos e histórica do povo Guarani. Entre os professores que acompanharam os acadêmicos esteve a professora Ivanete Lago Groh. Segundo ela, a atividade relacionada ao Dia dos Povos Indígenas auxiliou ainda na disseminação da importância do povo presente nas origens históricas do país e o papel das escolas em trabalhar os elementos das culturas relacionadas a esses povos.
De acordo com ela, a data serve como um momento de reflexão sobre a luta contra o preconceito aos os indígenas e pela manutenção de seus direitos. “Possibilitar aos acadêmicos vivências como essa nos permite celebrar a diversidade cultural do Brasil e de seus povos originários, além de ser um momento de reflexão para que melhorias aconteçam nos direitos desses povos e para que preconceitos sejam combatidos”, destaca.
A coordenadora do curso de Pedagogia, professora Eliane Kormann, salienta a possibilidade de compreensão da realidade e aprendizado proporcionados pela atividade, parte do componente curricular Políticas Públicas e organizada pela professora Marinez Panceri Colzani.
“A relação com o conhecimento ocorre por meio da experiência, das trocas, pautada na teoria discutida em sala de aula. A visita à aldeia indígena com o propósito de conhecer a educação neste contexto, revelou aos acadêmicos o quanto o educador precisa saber e reconhecer a diversidade cultural existente e mais, o quanto os povos originários representam uma das riquezas culturais de nosso país, e que precisamos valorizar, considerar e respeitar”, descreve a coordenadora.
Ela indica a existência de legislações específicas para a educação escolar indígena e o papel dos educadores no auxílio à manutenção das identidades étnicas, valorização de línguas desses povos e suas ciências, bem como o acesso aos conhecimentos técnicos e científicos.
Experiência transformadora
O acadêmico de Pedagogia Claudionor dos Santos Garcia classifica a experiência de poder interagir com os integrantes da aldeia como uma experiência transformadora e enriquecedora.
“Desde o momento em que chegamos à aldeia, fui envolvido por uma atmosfera de acolhimento, respeito e conexão com a cultura e tradições indígenas. Ao adentrar na aldeia, pude sentir a energia e a sabedoria que emanavam daquele lugar, permeado pela presença da natureza e pela espiritualidade que envolvia cada aspecto da vida dos indígenas”, relata.
De acordo com ele, a atividade foi uma fonte valiosa de aprendizado e inspiração para ser aplicada em sala de aula e na vida cotidiana e é possível aplicar os valores nas nossas relações interpessoais, cuidado com o meio ambiente, valorização das tradições culturais e na busca por inclusão, justiça e harmonia.
Já a colega de curso Mikaela Luana de Campos, reconhece a experiência como válida para ser aplicada em sala de aula. De acordo com ela, em sua primeira visita a uma aldeia, a atuação da direção da escola interna e as peculiaridades do ensino prestado no local chamaram a atenção. “Ela faz muito mais que um trabalho de diretora, porque ela ajuda muito a aldeia, é ela que corre atrás de todas as questões burocráticas, os direitos, saúde e educação”, descreve.