O mapeamento realizado pelo Observatório Econômico da CDL de São João Batista, com base em dados da Receita Federal e levando em consideração apenas as empresas que não são Meis, identificou um cenário promissor para a indústria calçadista batistense. Entre janeiro e agosto de 2025, foram abertas 2.031 novas empresas de comércio varejista e atacadista de calçados e vestuário em Santa Catarina, representando potenciais canais de comercialização para fabricantes locais.

Panorama das aberturas por Cnae

Os dados mostram forte presença do setor de vestuário e acessórios, que concentrou 1.771 novas lojas varejistas. Na sequência, destacam-se:

• Comércio varejista de calçados: 146 aberturas;
• Comércio atacadista de vestuário e acessórios (exceto profissionais e de segurança): 86 empresas;
• Comércio atacadista de roupas e acessórios para uso profissional e segurança: 25 empresas;
• Comércio atacadista de calçados: 3 empresas.

Esse movimento amplia o leque de potenciais clientes e oportunidades para a indústria calçadista de São João Batista, especialmente no varejo especializado em calçados.

Porte empresarial: predomínio das microempresas

O levantamento mostra que a maior parte das empresas abertas é composta por Microempresas (84,49%), seguidas de Empresas de Pequeno Porte (9,95%) e demais categorias (5,56%).

Esse perfil reforça que o crescimento está concentrado em negócios de proximidade, com forte conexão com consumidores locais — cenário que amplia as oportunidades de fornecimento para a indústria calçadista.

Das 2.031 empresas abertas:

• 669 são matrizes, demonstrando novos empreendimentos surgindo do zero;
• 362 são filiais, o que sinaliza expansão de grupos empresariais já consolidados.

Distribuição Regional

O mapeamento por município mostra grande concentração em polos econômicos catarinenses, com destaque para:

Joinville (169), Florianópolis (142), Brusque (136) e Blumenau (112), que juntos somam quase 28% das aberturas;

Outros destaques: Itajaí (110), Balneário Camboriú (104), São José (88) e Palhoça (80);

Municípios do Oeste, como Chapecó (73) e Criciúma (59), também apresentaram desempenho relevante.

Essa capilaridade geográfica demonstra que há demanda por calçados em praticamente todas as regiões do estado, criando uma malha de oportunidades para a comercialização.

Inteligência de Mercado

O Observatório Econômico da CDL de São João Batista reforça que esse levantamento teve como objetivo central conhecer as oportunidades do mercado catarinense para o setor de calçados, que é um dos eixos mais importantes do desenvolvimento econômico local. As novas lojas e redes abertas entre janeiro e agosto de 2025 representam não apenas clientes em potencial, mas também indicadores de comportamento do consumo de moda e calçados em Santa Catarina.

Para a empresária Grazielle de Oliveira Gomes, presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de São João Batista, os números evidenciam o momento de oportunidade para os calçadistas locais: “Estamos diante de um cenário positivo. As novas lojas abertas em Santa Catarina mostram que há espaço para ampliar a presença dos calçados produzidos em nossa cidade, que já têm reconhecimento pela qualidade e inovação. O Observatório Econômico nos permite enxergar essas oportunidades.”