Luiz Henrique Zeitz Wisenteiner (3º ano E.M.)
Maria foi uma jovem moradora da Colônia e que raramente saía de casa. Ajudava a família com os serviços domésticos, mas era muito desleixada.
Certa vez, quando Maria tinha apenas 15 anos, as primas passaram em sua casa antes de irem a um famoso baile da região, que acontecia na localidade e contava com músicos, bebidas e muita farra. As primas acabaram convencendo a jovem a acompanhá-las.
Apressada, Maria correu para se arrumar, penteou o cabelo e trocou de roupa. Ao admirá-la depois de pronta, as primas comentaram que a garota, quando tão bem arrumada, parecia outra pessoa.
Ao chegarem ao baile, elas se sentaram junto a uma mesa com mais algumas mulheres. Conversaram, riram e se divertiram, até que um homem com aproximadamente 40 anos chegou à mesa e convidou Maria para dançar. Ciente da tradição local, de que mulheres não podiam recusar um convite como esse, ela aceitou, porém, um pouco duvidosa e desconfortável com a situação.
Após algumas músicas, o homem a convidou para ir à sua casa para jantarem e conversarem melhor. Maria não queria aceitar, mas sob pressão das primas, a jovem cedeu ao convite do homem.
Já na casa dele, as coisas mudaram de rumo. O que era para ser apenas uma conversa tornou-se algo estranho. O homem começou a se aproximar de Maria e fazer perguntas inusitadas. Incomodada, Maria arrumou uma desculpa para ir embora, ao dizer que as primas a esperavam.
Neste momento o homem se revelou, agarrando-a e tentando levá-la contra vontade para o quarto. Maria, que era uma mulher forte, conseguiu soltar-se e desvencilhar-se do agressor, conseguindo tempo suficiente para correr e ir em direção a sua casa.
Infelizmente, como Maria, naquela época, muitas mulheres não tinham noção do que era abuso ou violência contra mulher, sendo esse tipo de situação, algo recorrente. Por muitas vezes, muitas não conseguiram fugir ou não tiveram forças para lutar.