Isabella Pereira– 9º ano
Desde o início da colonização, muitos engenhos de açúcar foram instalados, em vários tempos, na hoje São João Batista. O valor comercial do produto e a venda certa foram incentivos para que na freguesia, que depois virou cidade, fosse instalada a USATI, uma grande usina que substituiu o trabalho que ocorria anteriormente em muitos engenhos artesanais. Na Colônia Nova Itália muito açúcar foi produzido também, pelas mãos dos colonizadores italianos e também por seus descentes, como a família Sardo.
Foi em meio a um dos canaviais do bairro Colônia, já na segunda metade do século XX, na margem esquerda do Rio Tijucas, que José Sardo, então menino com apenas seis anos de idade, como de costume, passava por uma trilha, quando escutou algo que lhe chamou atenção. Certa senhora falou: “O José matou o Virgílio”! Então, o pequeno menino não compreendendo, imediatamente, o significado daquela fala, seguiu seu caminho.
Ao chegar à casa de sua avó, depois de muita conversa, é que entendeu o que havia acontecido. Deu a notícia aos familiares assim que chegou, sem entender da gravidade na notícia. Um de seus tios não acreditou no menino, o outro, ficou com receio que aquilo seria verdade. Saíram pela vizinhança para perguntar sobre o possível acontecido, e foi constatado que a história do pequeno garoto era verdade.
A notícia que o menino carregava, era sobre uma grande tragédia que deixou o povo da Colônia, na década de 1950, horrorizada. Um crime horrível entre parentes de uma família de agricultores muito numerosa. Um homem de uns sessenta anos, Virgílio, foi assassinado a facão enquanto trabalhava em um canavial. O assassino, José, que alguns dizem ter saído de si, e outros que possuía problemas mentais, além de tirar a vida do familiar, ainda esquartejou o corpo. Uma triste lembrança.