Beatriz Peixer – Estudante
Em março de 1836 na baía norte da Ilha de Santa Catarina, no porto do Desterro (hoje Florianópolis), chegava à primeira imigração italiana ao Brasil. O destino foram terras no alto do Rio Tijucas Grande, um lugar que nomearam Colônia Nova Itália do Reino da Sardenha.
Os imigrantes eram católicos, e chegavam para habitar um Império católico. Mas quando chegaram aqui, não havia igrejas ou oratórios em meio à mata. Entre seus primeiros empreendimentos nas novas terras, optaram em fazer um pequeno oratório, rústico e de madeira, onde hospedariam sua fé sobre a imagem de santos e crenças que trouxeram juntos. Por muitos anos, esse oratório foi o local onde as famílias se reuniam para professar sua devoção. Pediam graças e buscavam milagres constantemente. Estavam muito confusos e aflitos por terem chegado a uma terra desconhecida. Com a graças de Deus e dos santos sempre podiam ajudar.
Sob a orientação do proprietário colonial, o médico Henrique Schutel, em 1837, ao lado do oratório, italianos construíram um cemitério. E anos após, ergueram uma pequena igreja na Colônia Nova Itália.
O imigrante José Fidelis Angeli foi o responsável pela imagem de São José, padroeiro dos italianos. Era uma construção simples, de pau a pique, coberta de palhas, com aproximadamente 4 m² protegendo a imagem do santo, com um altar improvisado, mas um bom lugar em que as pessoas se reuniam para rezar.
Por volta da década de 1860, já com a Colônia extinta e com as terras pertencendo a Tijucas, foi construída a primeira e alguns anos depois, a segunda capela de madeira. A Igreja em homenagem a São José foi oficializada pela Cúria Metropolitana de Curitiba em 1896, e posteriormente em 1904, pela de Santa Catarina.