Dirleni Dalbosco *

Voltar às páginas do Correio Catarinense é como abrir um álbum de fotografias, sim, porque gosto de imprimir fotos ainda que muito arquivo esteja na nuvem.
Tive o privilégio de fazer parte dessa trajetória em três momentos diferentes — 2009, uma parte de 2011 e depois até 2014. Foram anos em que aprendi, ri, corri atrás de pautas, editei, chorei junto com os entrevistados. Uma redação que pulsava informação, mas também muita humanidade.
Por isso, cada edição guarda um recorte especial. O Correio sempre foi mais que um jornal. Era uma família. O café passado às pressas antes do fechamento, lanches de toda quinta e as discussões sobre manchetes, os telefonemas apressados, as histórias que chegavam de cada canto do Vale do Rio Tijucas e impactavam no presente e no futuro da cidade. A cada edição, uma nova chance de contar e debater o que realmente importava para as pessoas sem nunca esquecer e sempre trazer bos histórias, essas de gente sabe, gente que inspira.
Trabalhar ali foi entender o verdadeiro papel do jornalismo local: o de ser voz, memória e espelho da comunidade. Cada palavra impressa carregou sempre muita responsabilidade e afeto, mesmo que isso às vezes representasse desafeto.
Hoje, ao ver o Correio Catarinense alcançar sua milésima edição, meu coração se enche de orgulho. Porque sei o quanto de dedicação, ética e amor pelo que se faz estão por trás de cada linha publicada. Ainda mais em tempos desafiadores para o jornalismo, o que o torna, na verdade, cada vez mais necessário.
Parabéns a toda a equipe, ao Juliano e a todos que mantêm viva essa chama do jornalismo. Que venham muitas outras mil edições, registrando as histórias e conquistas do nosso povo.
Por aqui, sigo com as lembranças desses anos vividos na redação e também fora dela. É que as idas à redação já não são mais tão frequentes, mas por meio dos releases e notas enviadas a gente segue vivo na história do Correio Catarinense e do nosso próspero Vale do Rio Tijucas!
- Jornalista e assessora do deputado estadual Junior Cardoso



