Confesso que estou surpreso com o ar de “aparente” normalidade que o governador Carlos Moisés tenta demonstrar. Os indícios de crimes cometidos são fortíssimos. Com o cerco cada vez mais se fechando, o governador parece distante e tenta demonstrar que ele, a exemplo de um certo ex-presidente, não sabe, não ouviu e não viu nada. A CPI instalada na Assembleia Legislativa é composta maciçamente por oposicionistas, Até aonde não sabemos ele irá ‘aguentar o tranco’, a muito ruim ou péssima a posição de Carlos Moisés.
DECEPÇÃO
Depois de um começo promissor, com economia nas gastanças do governo estadual, fechamento das ADRs, pagamento de dívidas com a saúde, o governo de Carlos Moisés deixa os quase 80% dos eleitores catarinenses frustrados. O governador está demonstrando que não estava preparado para o cargo. Excessivamente centralizador, aparente desleixo com a própria fiscalização do seu governo, a atual gestão afunda tão rápido como a proliferação do Covid-19. Se não ficar provado sua inocência ou culpa pelos desastres nas finanças na saúde, ficará lembrado para sempre como a maior decepção na política catarinense. Por enquanto, lamentável.
É FÁCIL
Depois os políticos ficam bravos quando a gente pega no pé deles. Mas fazem por merecer. Vejam o caso da vice-governadora Daniela Cristina Reinher: quando estourou o caso do hospital de campanha de Itajaí, Daniela botou a boca no trombone. Agora se diz perplexa e pede o afastamento do secretário da Casa Civil Douglas Borba. Erguem um edifício de austeridade em seu nome em cima dos erros do outros, como fossem os paladinos da austeridade e moral. Daniela se aproveita do próprio companheiro de chapa para construir carreira política.
MENOS
Todos aguardavam ansiosos e curiosos o depoimento do juiz e ex-secretário da Justiça, Sérgio Moro. Quem gostaria de ver o circo pegar fogo ou ainda levar vantagem política, se decepcionou. Nada de novo. Moro praticamente confirmou o que falou na entrevista que concedeu logo após o pedido de renúncia. Nesse momento, é o maior adversário numa possível disputa com o presidente Jair Bolsonaro em 2022. Só falta ter o apoio do PT. Seria cômico.
O EMBATE CONTINUA
No princípio Deus criou o céu e a terra, assim diz as sagradas escrituras. Na Câmara de Vereadores de São João Batista também: no princípio, os vereadores Leoncio Paulo Cypriani (PSD) e Heriberto de Souza, o Betinho (CIDADANIA), não se entenderam e brigaram muito. Complemento: continuarão até o fim dos tempos. Duas personalidades de forte temperamento, políticos que defendem ferrenhamente suas posições. Não poderia ser diferente. Aliás, para se ter uma boa briga política, não precisa ter muitas questões. Leoncio não leva desaforo para casa, como se diz na gíria. E o vereador Betinho não é ‘de afrouxar o garrão’, como se diz lá no Rio Grande, Tchê.
JURAM
Uma fonte muito bem informada me confidenciou que o vereador Leoncio Paulo Cypriani (PSD) poderá sim concorrer como candidato a prefeito. Especular não custa nada. No entanto, lembrei que o próprio Leoncio declarou que devido aos afazeres como advogado não lhe permitiria concorrer. Uma coisa é certa: Leôncio já foi candidato a prefeito em outra oportunidade, em 1996. Portanto, sabemos do desejo de governar o município. Será que ele enfrentaria o antigo partido? Ou será que ele ainda conta com uma desistência de Pedroca? Ou ainda: ele realmente deseja concorrer? O tempo dirá logo, logo. Pois então!