Todo mundo é filho de alguém, seja da professora, da advogada, da doméstica ou daquela que só se dedica ao lar. Todo mundo foi gerado no ventre de uma mulher que carregou o seu bebê durante longos meses, e essa regra não muda nunca. Quantas noites ela já passou em claro por sua causa? Quantos sorrisos ela já deu ao te ver sorrindo? Sua mãe já disse “você não é todo mundo” ao menos uma vez ao longo da sua vida? É, mas nesse caso, você é. Nós todos somos todo mundo.
Nem todas as mães são iguais e nem todas agem das mesmas maneiras, mas sendo sincera, posso dizer que eu tive a sorte de ter uma mãe exemplar. Não que ela fosse sempre perfeita ou nunca tenha errado em algum momento, porque isso é uma utopia barata. Nenhuma mãe acerta em todas as escolhas. Não é por ser uma mãe que ela tem um manual mágico que dita todos os passos, pois direcionar o caminho a um filho não é como seguir as instruções em um caderno de receitas. Me pergunto sempre como é possível se doar tanto, de forma tão integral a outra pessoa, como elas são capazes de fazer?
Ainda lembro das vezes em que a minha me contava contos de fadas e me cobria nas noites de invernos rigorosos. Para ser mais sincera ainda, ela continua fazendo isso, me cobrindo nas madrugadas frias, mesmo que eu não seja mais uma pequena criança. Independente da idade, acho que um filho nunca cresce totalmente aos olhos da mãe. É um laço que não pode ser rompido.
Vendo isso, espero um dia ser para meu filho, ao menos metade do exemplo que minha mãe me dá todos os dias. Mesmo que nem sempre eu diga que a amo, sempre serei grata por ter me dado a vida e por saber que se precisasse, ela daria a sua própria vida pela minha. É esse amor que ultrapassa barreiras, não mede esforços, atravessa oceanos se for necessário que é admirável. É incondicional, e isso realmente não se compara a nenhum outro amor no mundo.