Vivemos em uma sociedade onde saber ouvir o outro tem se tornado desafiador. Muitos não tem o hábito de se colocar no lugar do outro, acabam por julgar precipitadamente sobre os seus comportamentos, sem ao menos tentar entender quais as reais razões que levaram o mesmo a agir de determinada forma.
Mas a pergunta que fica é: todos podem ter empatia? De uma forma bem objetiva, não!
Nem todas as pessoas conseguem desenvolver essa habilidade, embora a empatia seja um sentimento e uma qualidade de cada ser humano.
Pessoas que tem o hábito da empatia, sabem praticar o perdão, são compreensivas e conseguem estabelecer um equilíbrio entre a expectativa que elas possuem sobre os outros e o que os outros podem lhe oferecer.
A empatia se desenvolve através da prática do autoconhecimento, ou seja, quanto mais eu me conheço, reconhecendo meus sentimentos, fragilidades e desafios, maior será a minha capacidade de entender o outro.
Indivíduos que praticam a empatia são beneficiados de diversas formas. Por exemplo, tendem a se relacionar de forma mais amigável, tem um convívio mais leve com a família e amigos, são tolerantes, sabendo assim lidar com diferentes tipos de personalidade.
Já no meio profissional e nos estudos, indivíduos empáticos têm habilidades para expor melhor suas ideias, não necessitando invalidar a colaboração dos demais indivíduos.
Durante todo esse momento de distanciamento social em virtude da pandemia instalada mundialmente, fomos convidados a nos recolher, reconhecer tudo o que precisamos desenvolver, seja em atitudes ou sentimentos.
O mês de setembro nos traz uma grande reflexão, a campanha de conscientização da prevenção ao suicídio. Desde 2014, a Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP) em parceria com o Conselho Federal de Medicina (CFM), organiza o setembro amarelo, momento este onde somos convidados a refletir, como temos praticado nossa empatia.
O que de fato temos feito pelas pessoas que vivem ao nosso redor, que necessitam de ajuda? Pessoas essas que muitas vezes são julgadas, não são compreendidas e sofrem caladas.
Olhe para o lado e veja quantas pessoas, precisam de você nesse momento, talvez você perceba que, por orgulho próprio, você não se dispõe a ajudar os outros.
Ou muitas vezes, você está presente apenas fisicamente, mas não tem atitudes concretas. A empatia tem o poder de ajudar a curar o outro e a nós mesmos. O que você tem feito pelos outros hoje? Pense nisso!