Simone Cristina Dalbosco
Especialista em Desenvolvimento Humano
@simonedalboscooficial
Na vida passamos por situações, onde nem sempre temos as respostas. Perdemos pessoas que amamos, sofremos por essas perdas. Muitas vezes julgamos e também somos julgados, mas esquecemos o mais importante de tudo, o amor e a empatia. Quando nos colocamos no lugar do outro, temos a possibilidade de entender o que o outro sente, de entender o que o levou a ter certas atitudes.
Amar, vai além de momentos perfeitos, cheio de carinho e atenção, vai além do colo, do aconchego, do carinho e do aperto de mão. Amar também está nas dificuldades, nos desafios, nas incertezas, nas inseguranças, está em tudo que te causa medo da mudança. O amor e a empatia curam tudo, nos ajudam a iniciar e a encerrar ciclos, nos permitem ver a vida de outra forma.
Me lembro do dia que descobri que seria mãe pela primeira vez, uma surpresa que me deixou feliz e ao mesmo tempo sem chão. Situação essa que me fez desejar novos ares, novos projetos, que me fez lutar como nunca tinha lutado antes. Mexeu com toda a minha estrutura, me empoderou e fez com que eu contasse aos quatro cantos que eu naquele momento eu já era lar, era conchego, era porto seguro e que o amor crescia dentro de mim a cada dia.
Vi os olhos das pessoas brilharem com a notícia, vi muita gente sem empatia alguma também, me enchendo de palpites e dizendo como e o que eu deveria fazer. Mas vem cá, você já parou para pensar o que uma mãe passa? Quais são as transformações que ela vive desde o momento que descobre que será mãe? Quais os seus medos? Suas inseguranças e incertezas quanto ao novo mundo em que está sendo inserida?
Ouvi muita gente dizer, “quando nasce um filho, nasce uma mãe!”, mas eu posso te dizer que uma mãe nasce muito antes. Nasce no dia em que ela descobre que em seu ventre o amor e a vida foram gerados, pois ali ela já disse sim para tudo o que ela viverá a partir de então.
Ser mãe vai além da espera, do parto, da amamentação, das preocupações, das noites mal dormidas, do cabelo descabelado, dos compromissos atrasados. Ser mãe é amar incondicionalmente alguém mesmo sem tê-lo visto ou tocado ainda. É transformar todas as dificuldades em amor e resiliência.
Me lembro do dia que recebi uma das piores notícias da minha vida, perdi o meu primeiro e tão desejado amor. Esse serzinho de luz que já habitava em meu ventre, cumpriu a sua missão antes mesmo de que a gente pudesse se conhecer e deixou um vazio inexplicável.
E foi quando percebi, mais do que nunca que o amor e a empatia curam tudo, ou quase tudo. Foi no abraço da minha mãe que encontrei o amparo para minha dor, foi nas suas palavras a me acalmar, que sabia que só ela me entenderia, foi no seu colo que entendi que o mundo até pode desabar sob nossos pés, mas enquanto soubermos o que é amar e praticarmos a empatia, o mundo ainda pode ser um lugar melhor.
Por isso, mais amor e empatia, por favor!!