Juliano César
Os partidos União Brasil e PP (Progressistas) oficializaram, nesta semana, a criação de uma nova federação partidária. A aliança vai reunir a maior bancada da Câmara, com 109 deputados federais, e uma das maiores do Senado, com 15 senadores. A Federação União Progressista (UPb) também registrou nas urnas 12.398 vereadores, 1.335 prefeitos, 186 deputados estaduais e quatro distritais. Conta, ainda, com seis governadores — entre eles o presidenciável Ronaldo Caiado (GO) —, quatro vice-governadores e 1.183 vice-prefeitos.
OS NOMES DO PROJETO
A condução da Federação, até o fim de 2025, será compartilhada entre o presidente do PP, senador Ciro Nogueira (PI), e o presidente do União Brasil, Antônio Rueda. Entre 2026 e 2029, a presidência do grupo ficará a cargo de Rueda. Além deles, nestes primeiros meses de funcionamento, a “superfederação” também terá em sua direção nacional: ACM Neto, Arthur Lira, Davi Alcolumbre, Ronaldo Caiado, Pedro Lucas Fernandes, Dr. Luizinho, Cláudio Cajado e Ricardo Barros.
MINISTÉRIO NO GOVERNO LULA
Os dois partidos contam com quatro pastas na Esplanada dos Ministérios do Governo Lula. Pelo União: Celso Sabino (Turismo), Waldez Góes (Integração Nacional) e Frederico de Siqueira (Comunicações); e pelo PP: André Fufuca (Esporte). A “superfederação” terá direito a receber a maior fatia, entre os 29 partidos registrados pelo TSE, do fundo público de financiamento de campanhas. São R$ 953,8 milhões em fundo eleitoral; e R$ 197,6 milhões em fundo partidário (números de 2024).
MAJOR, O CASO À PARTE
Aqui no Vale, a única situação antagônica é em Major Gercino. O prefeito Rodrigo do Santos pertence ao PP, e três dos quatro vereadores de oposição são filiados ao União Brasil: Edson Rubik, Jaci Taulentino Marcelino e Gilberto Pedro Kamers. O 44 é o partido do ex-prefeito Valmor Pedro Kamers, o Valmor do Pita. E não há, ainda, uma definição de como o trio vai militar, depois dessa federação.
POSSIBILIDADES
Há a possibilidade do trio do União sair da oposição e militar na situação, o que aumentaria a base aliada do prefeito Rodrigo na Câmara, de cinco para nove edis. Porém, é sabido que Gilberto Kamers é sobrinho do ex-prefeito Pita, o que gera, nessa questão, um ponto de interrogação.
EX-PREFEITO
O ex-prefeito Valmor do Pita informou que, no primeiro momento, ele não mudará de sigla, ou seja, vai continuar no União Brasil. Porém, não descarta uma ida ao PSD, caso em 2026 o atual prefeito de Chapecó, João Rodrigues, seja o candidato ao Governo do Estado.