CANDIDATO DESDE SEMPRE
Da possibilidade de uma diferença de até 30% para uma realidade de 7%. Esse foi o resumo da escolha do novo prefeito de São João Batista, Pedro Alfredo Ramos, o Pedroca (MDB). Desde o dia 1° de janeiro de 2017, o emedebista já era franco favorito para vencer o pleito deste ano. Após alguns percalços durante esse caminho, até mesmo com toda a polêmica na disputa dentro do MDB, com o vereador e advogado Leoncio Paulo Cypriani, Pedroca ficou com o caminho livre e foi o indicado do partido para vencer o pleito.
JEJUM DE DUAS DÉCADAS
Teoricamente, o MDB venceu as eleições de 2012, com Laudir José Kammer, o Alemão. Mas, não levou. Daniel Netto Cândido (na época no PSD) foi quem assumiu como prefeito no dia do pleito. Na prática, a vitória de Pedroca põe fim a um jejum de 20 anos do MDB sem vencer como cabeça de chapa. A última vez foi em 2000, quando Jair Sebastião Amorim, o Nonga, foi reeleito.
AQUELA DÍVIDA
Ao ser questionado sobre a ‘dívida’ que tinha com o MDB, Pedroca polemizou. Disse tratar da eleição de 2004, quando Avelino e Leoncio perderam a disputa para Aderbal e Gilberto. Segundo o prefeito eleito, ele disse que se arrependeu de ter apoiado o nome do vice, Leoncio que, atualmente, é seu inimigo. Pois então.
DE OLHO NO FUTURO
Lideranças do PP batistense demonstraram confiança e alegria com os quatro nomes eleitos para vereador. O partido mostrou força e foi à sigla que mais elegeu ao parlamento. Foi uma verdadeira renovação. Se quiserem mudar o cenário para 2024, o trabalho tem que começar a partir desta derrota no executivo, mas com vitória expressiva no legislativo.
TRABALHO FORMIGUINHA
E Nova Trento optou pela renovação, ao eleger o jovem Tiago Dalsasso (MDB). A sigla não vencia na cidade há 12 anos. E olha que a diferença não foi pouca: 885 votos, ou seja, 10%. Dalsasso fez um trabalho de formiguinha ao assumir o protagonismo da sigla. Isolou as lideranças antigas e buscou novos nomes para compor o MDB. Trouxe Moacir Dalla Brida para ser o vice e, o que parecia impossível, tornou-se realidade: venceu PP, PSDB e demais siglas agregadas. Agora, terá que por em prática o que assumiu em campanha, ou seja, uma gestão técnica.
DESGASTE NATURAL
Max Oliveira era o melhor nome na oposição para vencer o pleito. Desde que foi eleito o vereador mais bem votado em 2016, era um nome natural para suceder Gian Francesco Voltolini (PP). Mas, a disputa interna para saber se seria Max ou Orivan Jarbas Orsi o candidato, pode ter contribuído para a rejeição da chapa, além do clima de “já ganhou” entre os correligionários.
REELEIÇÃO EM MAJOR
A diferença de 20% na vitória de Valmor Pedro Kammes, o Valmor do Pita (PSL) diante de João José David (Podemos) bateu com consultas internas que foram realizadas na cidade. A bem da verdade, João David era o ‘melhor’ adversário que o Valmor poderia ter, devido a guerra que se criou entre ambos. O ‘eu contra você’ foi primordial. Agora, Pita iguala a Zelásio Angelo Dellagnolo, ao ser reeleito.
DE OLHO EM 2024
Os vereadores Rodrigo dos Santos (PP) e Agostinho Orlandi (PSL) foram os mais bem votados, respectivamente, em Major Gercino. Um de oposição, outro de situação. Terão papel fundamental dentro do parlamento majorense, onde o debate deverá ser salutar para o bom andamento do processo democrático.
REELEIÇÃO EM TIJUCAS
A expressiva vitória de Eloi Mariano Rocha, o professor Eloi (PSD) já era esperada em Tijucas. O que chamou a atenção mesmo foi o segundo lugar, que ficou com o empresário Thiago Peixoto dos Anjos (PDT). Ele plantou uma semente que poderá dar frutos em 2024. Já a vereadora e advogada Fernanda Melo (MDB) não passou de um terceiro lugar, o que demonstra uma fragmentação no MDB local, depois de três mandatos consecutivos, no período de 2005 a 2016.
TERCEIRA VIA
E Canelinha decidiu dar um tempo para a rivalidade entre colas pretas e brancas. O 15 e o 11 foram derrotados por Diogo e Junior (PSL), por diferença de 309 votos. Foi uma vitória histórica, pois é a primeira vez que a terceira via sai vitoriosa na cidade.
FATOR RENOVAÇÃO
A bem da verdade faltou a renovação tanto para MDB, quanto ao PP. Em uma rápida análise da política local, percebe-se que, em nove eleições desde 1988, Moacir Montibeler disputou sete vezes. Venceu quatro e perdeu três. As duas únicas oportunidades em que o MDB não lançou seu nome foram porque não pode: 1992 com Valmir Orsi, o Nenê, e 2004 com Zinho. Já Tonho foi prefeito por duas vezes, e vice uma vez, além de vereador. Ou seja, ambos não renovaram e apostaram apenas em seus nomes.