Um dos maiores desafios que nossa sociedade expressa é a profissão de difícil missão, de ser “professor”.
Somos informados, todos os dias, por tristes e bárbaras notícias de violências. Cada nove minutos em nosso Brasil, uma pessoa é assassinada.
Professores agredidos em salas de aula. Alunos, pais, professores e todos os atores dos segmentos de nossa sociedade não falam mais a mesma linguagem. Uma verdadeira “torre de Babel”.
Como ser justo numa sociedade majoritariamente injusta? Como encontrar recursos para levar esta geração de crianças, adolescentes e jovens, que buscam em uma escola o verdadeiro conhecimento, quando os mestres sofrem os mais sérios riscos de continuar suas missões, sem as garantias básicas desta sublime arte de educar?
Somos uma Pátria Educadora, no meio de tantos fatos enganadores, que nos entristecem e ameaçam nossas belas crianças e jovens em um futuro em curto prazo?
Realizar crescimento implica na educação de todos os homens e mulheres capazes de discernir o mundo das aparências, do mundo e realidade.
Homens e mulheres sábios serão sempre, necessariamente, bons, segundo as clássicas e medievais filosofias. Estamos longe de trazer para nossas vivências as filosofias socráticas e platônicas, que abriram uma luz em todo planeta e tudo, quase tudo, fica mudo diante de tamanhas genialidades, na arte de desenhar a história da humanidade.
Aos professores e aos pais, nesta pandemia que o planeta atravessa, vem nos convidar a rever os conceitos de pressas, sede de poderes, cobrando de todos os meus mais elevados respeitos, na conquista de um mundo mais igual, mais farto, quando os temas são conhecimentos, dignidade e liberdade. Compromissos com a evolução da vida, neste caos que regem todas as misérias humanas.
É preciso encontrar a ordem diante de uma sociedade a ser reconstruída, todos os segundos, todos os dias, em todas as partes deste planeta.
Deixo aqui, uma reflexão de Platão: “Tente mover o mundo. O primeiro passo será mover a si mesmo”.
Na voz de um profeta, todos os alunos se calam. Calam-se para aprender. Descobrir suas potencialidades. Sua infinitas capacidades de amar, raciocinar e superar as maiores fragilidades.
No silêncio de si mesmo nasce a voz da razão, onde a emoção canta a lucidez e o mestre fala, e não se cansa de mostrar aos discípulos o que a sociedade apresenta e o quanto precisamos aprender.
Educação, uma necessidade infinita, entre tantas que começa no berço e acaba em nosso último suspiro.
Esta geração tem fome e sede de educação.