Augusto César Diegoli
A fábrica da BMW em Araquari, no Norte de SC, está preparada para produzir carros elétricos, se houver demanda suficiente do mercado para isso. Hoje a unidade concentra a produção de quatro carros: Série 3, X1, X3 e X4, todos a combustão. Mas a estrutura é flexível e capaz de fabricar qualquer tipo de veículo do grupo. Atualmente a fábrica catarinense tem 600 funcionários e produz 10 mil carros por ano, volume bem abaixo dos 32 mil possíveis de se montar. Apesar da subutilização da capacidade instalada, a montadora alemã parece estar satisfeita com o desempenho no mercado nacional. No ano passado, a montadora anunciou investimento de R$ 500 milhões em Araquari, a serem destinados até 2023. Com este aporte, o grupo acumula um desembolso de R$ 1,3 bilhão desde que chegou ao Estado. A planta foi inaugurada em 2014. Trata-se de uma das principais fábricas do grupo, responsável principalmente por abastecer o Brasil.
Herdeiro bilionário
Depois de cinco anos de disputa na Justiça de SC, findou o litígio que opunha os cinco herdeiros de Eggon da Silva, um dos fundadores da WEG e Lucas Demathe da Silva, filho que só foi reconhecido depois da morte do empresário, em 2015. Fez-se um acordo: Lucas, de 28 anos, vai receber R$ 1 bilhão.
Italiana em TI
Com a presença sólida em SC após a aquisição da empresa Compufour, de Concórdia, por R$ 100 milhões, em 2020, a multinacional italiana de tecnologia Zucchetti vai mais do que dobrar investimentos no Estado. Segundo informações ao governo o grupo vai destinar R$ 150 milhões até 2024 em aquisições e ampliação de equipes, sendo que, 70% da receita no Brasil resulta da vertical de varejo do grupo no país, que tem sede em Concórdia e filial em Florianópolis. A empresa foca tecnologia a pequenos varejistas, gestão empresarial e de pessoas. Fundada em 1977 na cidade de Lodi, Lombardia, a Zucchetti é uma das maiores empresas de tecnologia da Itália. Está presente em mercados de mais de 50 países, tem 8 mil colaboradores e no ano passado teve faturamento de 1,3 bilhão de euros (R$ 6,75 bilhões).
Rodada de negócios
Além do acesso da 59ª Pronegócio, a AmpeBr comemorou o resultado da 7ª Rodada Internacional de Negócios, realizada em parceria com a Father Estratégias Internacionais e o Sebrae-SC, entre 22 e 26 de agosto, no Pavilhão de Eventos em Brusque. Durante os cinco dias de evento, 17 compradores internacionais passaram pelo local e foram recebidos por 21 empresas fabricantes e capacitadas para o processo de exportação. Os clientes representaram países da América do Sul e América Central e somaram 94 atendimentos. O propósito da AmpeBr não é apenas fomentar negócios internacionais mas, sobretudo, capacitar as micro e pequenas empresas para seguirem alguns critérios necessários à exportação, como formação de preços e opções de frete, por exemplo.
Itapema valorizada
A série histórica do ìndice Fipe/Zap mostra que Itapema, dentre as cidades catarinenses pesquisadas, foi a que teve maior valorização imobiliária entre janeiro de 2018 e agosto de 2022. O índice é calculado pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas, com base nos preços de apartamentos em 50 cidades, anunciados no portal Zap. A valorização em Itapema no período foi de quase 67%. Logo em seguida aparece Itajaí, com valorização de 57,74% e Balneário Camboriú com 53,60%. Na média das 50 cidades pesquisadas, os imóveis aumentaram apenas 13,41%. Sete cidades catarinenses estão entre as 18 que valorizaram mais de 10% no Brasil nos últimos 12 meses, indicando que SC é a “bola da vez” no mercado imobiliário nacional. Nos últimos 12 meses, Balneário Camboriú se recuperou, provavelmente devido ao alargamento da praia central e foi a cidade com maior valorização no Estado, segundo Índice Fipe/Zap.
Inovação no têxtil
A Diklatex foi um dos destaques durante a programação da Febratex, trazendo como inovação tecnológicas como o Undertech, a primeira tecnologia desenvolvida para a confecção de calcinhas menstruais 100% de tecido. Outra tecnologia apresentada pelo grupo é a Ultraflex, que se trata de um tecido idealizado para vestir vários tipos de corpos do P ao GG em uma mesma peça. Outro destaque da empresa na feira é uma ação social que busca ajudar mulheres em situação de vulnerabilidade em seu período menstrual.
Cidade da Moda
Brusque é uma cidade vibrante, com economia sempre em movimento e, conforme indicam totens nos pontos turísticos, com a inscrição “Brusque – cidade da moda”, é um município que tem no setor têxtil e de confecções um de seus diferenciais no cenário econômico. Trata-se de um slogan bastante assertivo, que se confirma em iniciativas importantes desenvolvidas aqui no município. Uma delas, por exemplo, foi a Pronegócio, a maior rodada de confecção do país. Realizado de 22 a 26 de agosto, no pavilhão de eventos, foi palco de intensas negociações entre fabricantes catarinenses e compradores de todo o Brasil. Em cinco dias, mais de 800 lojistas vieram a Brusque para adquirir roupas para revenda e a comercialização de peças foi de 1,2 milhão, aproximadamente 27% a mais do que no ano passado. Todas essas iniciativas fortalecem ainda mais a economia brusquense e permitem com que Brusque faça jus ao slogan de Cida da Moda.
Design
Quem esteve em SC na última semana foi o artista plástico Romero Britto, mundialmente conhecido e que já pintou quadros para inúmeras personalidades, como Michael Jackson, Madonna, Arnold Schwarzenegger, Leonardo Di Caprio e os ex-presidentes Bill Clinton e Obama. Porém, seu talento vai além de objetos como quadros, canecas ou móveis. Romero veio conferir de perto uma de suas criações, na Praia Brava, em Itajaí. O artista está assinando a fachada do Brava Arts, empreendimento da Mendes Sibara, que é o único no mundo que leva a assinatura de Romero Britto. Há dois anos sem visitar o Brasil, Robero Britto já embarcou de volta a Miami.
Deinfra-SC
O Deinfra-SC precisa acordar. A rodovia Itajaí-Brusque (SC-486) está se tornando a bola da vez em investimentos. O grande número de empresas se instalando é coisa impressionante. Mas o Deinfra-SC precisa tomar providências na manutenção da rodovia. Junto à mureta que divide as duas pistas, muita sujeira, restos de pneus, lixo, até animais mortos. Isso é inadmissível, tendo em vista o grande número de empresas se instalando ao longo da rodovia. E são investimentos grandes, com a geração de centenas e até milhares de novos empregos. O movimento está cada vez maior e a sujeira continua ao longo da rodovia. Até mato crescendo, cobrindo parte da visão. Acorda Deinfra-SC, pagamos IPVA para manutenção de rodovias e estamos pedindo esta limpeza permanente junto à esta rodovia, agora se transformando em grandes investimentos.
Custo logístico da indústria
A Federação das Indústrias de SC (Fiesc) deu início à nova edição do estudo para mensurar o custo logístico da indústria catarinense. Cada indústria que participar do estudo receberá um diagnóstico individual dos seus custos logísticos e indicativos de melhorias. A Fiesc garante o sigilo absoluto dos dados informados. O assunto foi apresentado na reunião da Câmara de Transporte e Logística da entidade e do Conselho de Infraestrutura, realizada no último dia 24. O estudo começará pela região Oeste e, posteriormente, São Bento do Sul, Joinville, Blumenau, Rio do Sul, Lages, Florianópolis e Criciúma também vão sediar os encontros.
Competitividade
O custo logístico interfere drasticamente na competitividade catarinense e o transporte é um componente importante e que tem colocado nossos custos logísticos em índices mais elevados em relação aos nossos concorrentes, segundo o presidente da Fiesc, lembrando que a pesquisa é realizada a cada dois anos para monitorar a competitividade de SC na área. A última pesquisa, realizada em 2017, mostra que o custo logístico das empresas catarinenses (R$ 0,14 por real faturado) está acima da média nacional (R$ 0,11) e acima do observado em outros países, como Estados Unidos (R$ 0,08). A logistica não é só o transporte, mas também inclui armazenagem, gerenciamento de estoques, processamento de informação e administração.
Fim do IPI
O ministro da Economia voltou a defender o fim do IPI. Convidado a proferir uma palestra organizada pela Associação da Classe Média em Porto Alegre, Guedes disse que a cobrança do tributo desestimula os investimentos produtivos, contribuindo para a “desindustrialização” do país. “Temos que zerar o IPI”, declarou o ministro após destacar que o governo federal já conseguiu reduzir em até 35% o valor do imposto cobrado da maioria dos produtos fabricados no país, à exceção de parte dos fabricados na Zona Franca de Manaus.
Socialismo, não
Continua fazendo ecos a manifestação da Associação Comercial e Industrial de Florianópolis (Acif) que, em nota pública, afirmou estar disposta a ouvir e dar visibilidade a candidatos que tem um compromisso com as suas pautas e que, sendo assim, os inscritos em partidos cujo estatuto promova a doação do socialismo não terão espaço nas suas atividades abertas ao público “por ferirem diretamente o que a entidade empresarial defende”. Assim, recado direto, explícito, sem hipocrisias.
SC nos cinco continentes
Foi através das navegações que a conquista dos continentes ocorreu há mais de 500 anos e ainda é bastante lembrada até os dias atuais. A expansão de inúmeros mercados aconteceu através dos mares e segue como um caminho muito importante para que grandes marcas conquistem o mundo. É o caso da Schaefer Yachts, que leva o nome de SC aos cinco continentes e acaba de conquistar o 10º Top of Mind consecutivo. A Schaefer Yachts rompeu a fronteira do Brasil há muito tempo e atua nos mercados mais concorridos do mundo, como EUA e Europa. Atualmente, esses locais são os responsáveis por grande parte do faturamento da empresa catarinense. O processo de produção da Schaefer Yachts se equipara à excelência dos maiores estaleiros do mercado náutico mundial e tem como diferenciais infusão a vácuo em todas as peças, o que é um procedimento raro no mercado náutico, uma exclusiva CNC de cinco eixos, marcenaria e estaofaria própria. A companhia possui estaleiros em Florianópolis, Biguaçu e Palhoça e gera mais de 700 empregos diretos. No período de 30 anos, foram 3,5 mil barcos entregues, entre 30 e 83 pés, que estabeleceram um novo padrão de qualidade e inovação no mercado.
Surpresa
Quem acessasse o site da FSP se assustaria com as destacadas notícias positivas. Mancheteou, lado a lado: “Economia do Brasil cresce 1,2% no segundo trimestre, acima do esperado”, “Consumo das famílias sobe 2,6%”, e “Petrobrás reduz preço da gasolina à distribuidoras em 7%”. Será que trocaram de editor-chefe?
Engajamento
O empresário, como todo cidadão, tem o direito e o dever de acompanhar o processo políitco-eleitoral. Omitir-se não é uma opção. O apelo é da Associação Comercial e Industrial de Chapecó, que iniciou uma campanha de conscientização do empresariado local e regional sobre a importância das eleições para o futuro do Estado e do País. Muito bom.
Emprego
Um grupo de 77 pessoas, totalizando 15 famílias, incluindo crianças e mulheres venezuelanas, que viviam em precárias condições em Roraima, chegou em Caçador (SC) semana passada, após passar por seleção para trabalhar nas fábricas de embalagens e de madeira da empresa Adami, que estava enfrentando dificuldades em contratar mão-de-obra local e regional. Em Caçador as famílias terão moradia temporária durante os três meses iniciais, além do suporte com alimentação e acompanhamento psicológico/social.
Roubalheira
Se virar lei estadual projeto de lei aprovado há dias na Assembleia Legislativa, que propõe a criação de um cadastro sobre compra e venda, talvez haja uma redução do espantoso número de furtos e roubos de cabos e fios metálicos, fibras óticas, geradores, transmissores, equipamentos de transmissão e placas metálicas, que causam enormes transtornos para as pessoas, empresas privadas e públicas, que arcam com o custo de reinstalação. Só a Celesc registrou 2.300 ocorrências de furtos em suas instalações em 2021.
Improcedência
Auditores do Tribunal de Contas do Estado, que estão entre as categorias mais bem remuneradas de SC, deram ao STF questionar lei estadual que veda a eles receber a mesma remuneração quando substituem temporariamente os conselheiros desses órgãos. Perderam por unanimidade. No mesmo julgamento o STF negou a concessão de subsídio dos conselheiros do TCE no mesmo patamat dos desembargadores do Tribunal de Justiça (TJ-SC).
Importantes avanços (1)
Faço parte daqueles que torcem pelo melhor para o Brasil, independentemente de quem ou qual partido esteja à frente do governo. A expectativa é de que os eleitos democraticamente, façam o melhor para e pelo nosso país. Tenho acompanhado o lado bom das realizações do atual governo, com iniciativas pouco destacadas e levadas ao grande público. Para começar, no ano em curso, a previsão é que a inflação brasileira será menor que a dos Estados Unidos, da Alemanha e da Inglaterra e o crescimento econômico brasileiro será maior que nestes mesmos países, de onde infere-se que tem coisa boa e diferente acontecendo em nosso país. Não me recordo de termos alcançado bons feitos como esses na história, em pouco tempo, que acabam colocando o Brasil como um grande porto seguro para investimentos em nível mundial. Na agenda de bons avanços, temos também reformas importantes como a da previdência, mais que necessária, além de outras reformas microeconômicas como o novo marco de saneamento, o novo marco de gás, da cabotagem, das ferrovias que, num país continental como o nosso, não consegue-se entender porque não dispomos bem mais deste modal de transporte.
Importantes avanços (2)
Temos ainda a autonomia do Banco Central, a lei de facilitação do ambiente de negócios, da liberdade econômica, um conjunto de medidas que facilitam a abertura de empresas, com mais segurança jurídica, e isso é básico para atração de investimentos no Brasil. Esses fatos explicam os contínuos investimentos que culminam com o desemprego em queda, já na casa de um dígito apenas, e a inserção mais de 100 milhões de brasileiros atuando no mundo do trabalho. Além disso, foram feitos também leilões e concessões que continuam em processo acelerado como por exemplo, os leilões do petróleo, de aeroportos, de transmissão de energia, de novas áreas para mineração, que geram mais postos de trabalho e renda para muitos brasileiros. Isso tudo pelo fato dessas medidas acertadas terem sido tomadas em momentos recentes e difíceis, não apenas por aqui, mas em todo o mundo, com a pandemia e a guerra na Ucrânia. Nenhum governo acerta tudo e propõe somente medidas acertadas. Há iniciativas e projetos equivocados e correções de rumo são necessárias. Os desafios da governança de um país gigante como o nosso são inúmeros, mas há que se reconhecer as iniciativas que vêm para melhorar o ambiente de negócios e a qualidade de vida do povo brasileiro.
PIB do país cresce
No segundo trimestre deste ano, o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil alcançou crescimento de 1,2%, frente ao período anterior, com ajuste sazonal, segundo o IBGE. O resultado superou expectativas do mercado, que indicavam alta próxima de 1%. O PIB por estados sai cerca de dois anos depois, mas dados catarinenses mostram um ritmo semelhante ao nacional. No país, a indústria cresceu 2,2%, os serviços 1,3% e agropecuária 0,5%. Mas o maior impacto foi o setor de serviços, que respondem por cerca de 70% da geração de riqueza do país. O setor ainda registra retomada em função da pandemia O PIB do país cresceu 3,2% frente ao mesmo trimestre de 2021, 2,5% no primeiro semestre de 2022 e 2,6% nos últimos 12 meses. Pesquisas setoriais do IBGE, no acumulado de 12 meses até junho, mostram alta de 8,4% dos serviços, 4,8% do comércio ampliado e recuo de 3,8% da indústria. Nas exportações, SC teve alta de 25,5% no primeiro semestre, enquanto o Brasil cresceu 18%. O Estado tem elevados investimentos e a menor taxa de desemprego do país: 3,9%. Como o segundo semestre tem mais atividade econômica, a expectativa é de maior crescimento com impulso ao PIB.
Índice Geral de Preços – Mercado
O IGP-M registrou queda de 0,70% em agosto, após subir 0,21% em julho. A alta acumulada no ano é de 7,63% e em 12 meses está em 8,59%. Na comparação anual, em agosto de 2021, o índice havia subido 0,66% e acumulava alta de 31,12% em 12 meses. Os dados foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV). De acordo com o coordenador dos índices de Preços do Instituto, os componentes do IGP-M foram impactados pela redução do preços dos combustíveis.
Geração de empregos
O mês de julho foi bom na geração de empregos formais, ou seja, com carteira assinada. Foram 218,9 mil novos empregos, com destaques para os setores de serviços (+81.873), indústrias (+50.503), comércio (+38.574), construção civil (+32.082) e agroindústria (+15.870). Nos Estados, tivemos São Paulo (+67.009), Minas Gerais (+19.060), Paraná (+16.090), Rio de Janeiro (+13.434) e Bahia (+13.318). Santa Catarina teve apenas (+4.551). Em SC, por municípios, os destaques ficaram com Navegantes (+595), Florianópolis (+578), Itajaí (+363), Joinville (+345) e Itapema (+287). Outras informações: Brusque (+208), São João Batista (+152), Balneário Camboriú (+135), Guabiruba (+68) e Botuverá (+12).