Se houvesse a chance de recomeçar, tudo poderia ser exatamente igual ou talvez existisse um toque a mais que não havia surgido antes. Nada previsível ou tudo arquitetado? Nada no lugar ou tudo em perfeita ordem? Nem dá para dizer nada, que tudo logo vira uma tremenda confusão sem começo e nem fim.
Nada é o que parece, quando o tudo tenta provar o contrário. A verdade é que não dá para prever direito, mas até que dá para refletir bastante sobre o que houve e tentar definir o que ainda haverá. Talvez tudo fosse tão diferente que até teria pintado um emprego inusitado, ou talvez ainda estaria lutando pela mesma coisa que sempre lutou desde o começo. Ninguém tem a fórmula perfeita dessa equação, por mais que se tente desesperadamente alcançá-la.
Talvez o recomeço nem seria tão necessário assim, pois ter errado e acertado também faz parte de quem você se tornou, em primeiro lugar. Quem sabe nenhum plano seria necessário e a vida só se encarregaria das coisas por conta própria. Talvez houvesse mais leveza e menos preocupação. Como se fosse possível que a onda levasse tudo para onde bem entendesse, como se tudo e nada fossem a mesma coisa ao mesmo tempo. Pensando bem, talvez até sejam.
A gente costuma se preocupar demais com as possibilidades, quando às vezes elas são mais simples do que parecem. O equilíbrio entre o ter e o poder são mais lineares do que pensamos na maior parte do tempo. É que imaginar o que o tudo pode nos dar, quando o que temos no momento é o nada, nos leva a crer que há mais para alcançarmos lá na frente ao ponto de não darmos tanta importância ao que está no meio disso. Não há mal nenhum em almejar metas melhores, desde que não se pense que o caminho até chegar lá é de todo o ruim. Quando o tudo e o nada se tornam a mesma coisa, a vantagem é que podemos respirar com mais leveza e não dar tanta importância ao que não sabemos, mas de enxergar de verdade o que descobrimos durante todo o percurso.