Darcino Antônio Capraro, 58 anos mais conhecido como Darço, natural de Nova Trento, com os pais e irmãos, veio residir em São João Batista na antiga localidade “Estiva”, onde ajudava nos trabalhos da roça.
Começou a trabalhar em fábrica de calçados aos 11 anos, na fábrica Abarros, do saudoso Américo. Ali, atuou por cerca de dois anos, como solador, que englobava cortar a sola, solar e recortá-la depois.
Trabalhou na fábrica do saudos Sebastião Batista, onde também ficou por dois anos. Em seguida, trabalhou na fábrica do Manechera, pelo mesmo período. Depois foi trabalhar na sapataria dos sócios João Egídio Cordeiro, que era também seu amigo e Moacir Costa, o Gu. Neste período trabalhou como encarregado, começando praticamente junto a fábrica.
Por volta desta época, ganhou a prova de “Sapateiro mais rápido de São João Batista”, na qual atuou pela equipe GInsati e, salvo melhor memória, realizou em menos de 1m30s (um minuto e trinta segundos).
Exerceu a profissão em alguns lugares e, após, montou a primeira ‘esquenta-orelha’, junto com o sócio Célio Cim, há cerca de 30 anos. Registra-se que naquele tempo, não era comum o uso de marcas nesses pequenos negócios e os calçados era feitos praticamente do início ao fim à mão. A sola, que hoje é fabricada em injetoras, por exemplo, era cortada e recortada com faca de sapateiro.
Ainda teve uma segunda sociedade com o senhor Osmar Dalsenter, por cerca de sete anos e, desde então, trabalha sozinho e com parcerias. Assim, passaram-se cerca de 47 anos desde o primeiro trabalho como sapateiro, o que faz com extremo zelo.