Dados elaborados pela Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados), com base na pesquisa de emprego do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), apontam que, entre janeiro e agosto, a indústria de calçados gerou 40 mil postos de trabalho. Somente em agosto foram mais de cinco mil vagas criadas. Com o registro, o setor encerrou agosto totalizando mais de 306 mil pessoas empregadas diretamente na atividade em todo o Brasil, o melhor estoque de empregos do setor desde outubro de 2015. No comparativo com agosto de 2021 o crescimento é de 16,5%.
O presidente-executivo da Abicalçados, Haroldo Ferreira, ressalta que o número é resultado da recuperação da atividade, com crescimento registrado tanto no mercado interno quanto externo. “No varejo doméstico, que representa mais de 85% das vendas da indústria de calçados, já crescemos 11% no comparativo entre janeiro e julho deste ano com o mesmo intervalo do ano passado. Já as exportações cresceram 30% no comparativo entre janeiro e agosto deste ano com o mesmo período de 2021. E a demanda por calçados segue em crescimento e deve ser acentuada no último trimestre do ano em função das festas”, avalia o executivo.
Estados
O Rio Grande do Sul, que emprega 27% da mão de obra do setor calçadista brasileiro, gerou 8,78 mil postos de trabalho entre os meses de janeiro e agosto. Com isso, a atividade somou 84,65 mil pessoas empregadas, 13,8% mais do que no mesmo período do ano passado.
O segundo estado que mais emprega no Brasil é o Ceará, que responde por 22% dos empregos gerados na atividade. Entre janeiro e agosto, as fábricas calçadistas cearenses criaram 7,8 mil vagas, encerrando o mês oito com 69,35 mil pessoas empregadas no setor, 14% mais do que no mesmo mês do ano passado.
Gerando 7,9 mil vagas nos oito primeiros meses do ano, e somando um total de 43,63 mil pessoas na sua indústria de calçados, a Bahia é o terceiro estado que mais emprega no país. O crescimento na relação com agosto do ano passado é de 30%.
O quarto estado que mais emprega no setor é São Paulo. Nos meses de janeiro a agosto, as fábricas paulistas geraram 6,9 mil vagas, encerrando o oitavo mês do ano com 35,7 mil pessoas empregadas na atividade, 20,5% mais do que no mesmo período do ano passado.