Da vida cotidiana: Do acordar ao dormir; do trabalhar ao laser; do consumir, do sorrir, amar, chorar, sofrer, festejar e tantas outras situações que acontecem para todos diariamente, podemos afirmar que existe uma importante régua de medição da altura ou profundidade, ou da superficialidade que vivemos. Qualquer esforçozinho nos faz viver nas alturas, notadamente se aceitarmos nossas ilusões e as transformarmos em pensamentos e atitudes dogmáticas, tipo, são bobos, mas somos felizes com elas. Para viver na superfície, nada se precisa fazer, apenas cotidianamente deixa a vida passar. Se temos pernas, a vida nos puxa, nos empurra, mas elas têm sua própria velocidade. Sem pernas, ou saímos para o acostamento, que na pista seremos atropelados. A grande maioria está nesta faixa. Abandonados nos acostamentos da vida, sem se propor a consertos. Além das alturas, das superfícies, existem as profundidades onde os sentimentos são tantos que até se fundem. Provavelmente uma proposta de viver muito além das filosofias abstratas, da psicologia do eu x vocês, das rasas ideologias políticas ou doutrinamento religioso, sempre se propondo a acertar o alvo, tipo receituário médico, por tentativa, usando o ser humano para experimentos, como rato de laboratório.
PREGADORES QUE ACERTAM MUITO MAIS O DEDO DO QUE A CABEÇA
Poucos ainda tem tempo de ler e pensar, muitos menos tem tempo de ler, pensar e sentir. Sem nada para pensar, sentir e falar, usam memes de crianças para crianças até morrer. Arquétipos de liquidação de feira popular.
O conhecimento de todos os sentimentos já conhecidos e experimentados pelo homem até hoje é a matéria prima básica para uma vida mais profunda e saborosa.
As alegrias e as dores são nossos mestres dos sentimentos, quase que de um lado todos os sentimentos das dores e de outro lado, todos os sentimentos das alegrias. Talvez entre os dois, o niilismo tipo balão de ar para nos sustentar, mas garantido apenas por um tecido muito fino.
Laços se fazer e desfazem, então temos que amarrar um nó com alguém, ou uma rede de nós com todos.
Das antigas tramelas para fechar corações, hoje temos fechaduras de leitura facial, para garantir de que, nem por acidente, deixemos o coração aberto. E o que poderia ser uma riqueza, seu conteúdo escondemos como um tesouro inaproveitável por toda a vida, com medo, porque do lado de fora, pobres inimigos estão a espera para saquear nossas riquezas como ladrões, que nada podem nos dar em troca.