Wilmar Wurmath – [email protected]
Voltamos, (ou nunca saímos), da velha dedocracia, ou seja, a democracia no dedo. Hoje não apontando o dedo na cara, mas nos botões do computador, e tudo está resolvido, definido, sacramentado, irrecorrível, inquestionável, sem volta. Quem ousará duvidar de deus?
Como deuses, se postam; como deuses, se comportam; como deuses, julgam e sentenciam nossas vidas.
A velha dedocracia atualizada, repaginada, não enfia o dedo na nossa cara, mas sim no botão, na tecla de um sistema “DIVINO”, e por mágica fazem ressuscitar a velha remington (para quem não a conhece ou usou, é uma máquina barulhenta((de escrever)) que precisava de um martelo em cada mão, ou, em cada dedo para projetar o tipo contra uma fita de tinta e papel, para sair apenas uma letra escrita).
Mas voltando ao assunto, a atual dedocracia vai enfiar o dedo literalmente nos cadáveres dos antigos e ultrapassados políticos; Nos defuntos dos privilégios de todo o sistema judiciário e cartorial; dos privilégios de um sistema bancário arcaico, porém faminto; da OAB; sistema de ensino; do jornalismo passado e falido… isso se não me esqueci de mais e mais gordos escondidos nas moitas de um país repleto de matos, ainda a serem derrubados. Tudo para ressuscita-los depois que já os tínhamos torrados na cadeira elétrica das últimas eleições. Devemos cremá-los.
NÃO SE ENGANEMOS… A BALA VEM… SE ABAIXEMOS”
Segundo a dedocracia, tudo já está preparado. “venham e servi-vos, esta é a mesa dos privilegiados, para perdoar os seus pecados e ressuscita-los do necrotério. Urgente, que vocês velhos cadáveres estão na boca do forno da cremação e vão virar pó do deserto do qual vieram e viveram, sem nada dar e muito receber”.
“Mas não nos enganemos, a bala vem e se abaixemos”. Podemos ainda viver a ideocracia moderna. (não descartando a idiocrasia, que seria um governo de idiotas), mas ideocracia (de ideia), em que o deus todo poderoso irá pensar por nós mortais. Vai ser a vida no paraíso. Sem precisar pensar, é só concordar. Conhecemos muito bem o risco, o prejuízo, quando deixamos alguém pensar por nós. – Imaginem, se um deus deixar que pensem por ele!!! A vaidade explode, a ira sobe e coitado dos pobres mortais de vidas reais. As redes digitais são redes, não só porque se interligam aos milhões, mas principalmente, redes onde todos nós iremos cair que ousarem pensar diferente e divergirem de deus. O deus de d minúsculo é proposital, para não ofender o meu Deus, da minha fé e da minha alma e assim, correr o risco de Deus fechar a porta da minha eternidade.