Premiado pelo edital Elisabete Anderle de Estímulo à Cultura, em novembro de 2019, com o título de “Identificação dos Mestres Artífices e Saberes Tradicionais”, o projeto “Esquenta Orelha São João Batista” já está em fase de conclusão.
Dentro de um contêiner com dimensões de 2,5 metros por 3 metros, a Fundação Municipal de Cultura e Juventude (Funjuve) reconstruiu uma fabriqueta de calçado, também conhecida como esquenta orelha.
Por meio do trabalho, o objetivo é preservar e colocar em evidência o legado de “fazer sapatos” no município.
Para isso, além dos elementos visuais, o contêiner trará informações ainda de forma textual e por meio de um audioguia, contando toda a história da evolução do setor, de forma bastante interativa, tanto em português como em italiano, por meio da tradução feita pelo italiano Paolo Ricci.
Wellington Linhares Martins, arquiteto e responsável pelo projeto, informa que, o projeto traz a essência do município também, por meio das origens dos descendentes de italianos.
Ele explica ainda que, apesar do atraso por conta da pandemia, o projeto já caminha para os finalmente. Porém, agora necessita da contribuição da comunidade.
“Precisamos equipar o espaço com elementos que representam uma esquenta orelha. Precisamos de doações de materiais e ferramentas usados, especialmente aqueles mais antigos, que possam trazer lembranças e representar ainda mais o trabalho manual de antigamente”, solicita.
Campanha
Foram criadas redes sociais do projeto, no Facebook Esquenta Orelha São João Batista e no Instagram, onde serão divulgados todo o andamento do projeto e informações sobre a história do setor no município.
A ideia é aproximar a população do projeto, mesmo que de maneira digital. E ainda, será possível participar da campanha usando #esquentaorelhasjb para divulgar também o projeto e também informar que possui um item para doação.
“As doações podem ser de qualquer coisa que representa o setor, seja uma forma de calçado, um alicate, um martelo, uma ‘pomboca’ de querosene, até máquinas de costura antigas, que possam integrar nosso espaço”, ressalta Martins.
Além disso, entidades e empresas podem também se dispor para firmar parcerias e apoio para incrementar ainda mais o projeto.