Stefania Gandin Santos Marchi
Nos aproximamos de uma data muito especial, que é a Pascoa. Uma data que tem diferentes significados dependendo da religião e religiosidade.
Para os Judeus é momento de comemorar a libertação dos escravos hebreus do Egito. Para a religião católica é uma comemoração tradicional que recorda a morte de Jesus na Cruz e sua ressurreição.
Todas essas formas de comemoração da Páscoa devem receber, sem sombra de dúvidas, o nosso respeito e consideração.
Os espíritas não comemoram a Páscoa da forma como as demais religiões comemoram.
A simbologia de Jesus na cruz não é admirada entre os espíritas, pois entende-se que o mais importante foram os feitos e ensinamentos de Jesus em vida corpórea e não no momento do seu desencarne.
Aliás, a Doutrina Espírita não acredita em ressurreição e sim em reencarnação. Nesse contexto, quando Maria Madalena viu Jesus após sua crucificação, ela não viu o corpo material de Jesus e sim o corpo espiritual, que podemos chamar de períspirito.
Cabe lembrar que Jesus foi, e é, o grande Mestre da humanidade. Ele é o ser mais iluminado que já pisou neste planeta e seus ensinamentos são tão profundos que até hoje não conseguimos entender realmente.
Um belíssimo exemplo disso é quando falamos da palavra amor. Jesus nos disse para “amar nossos inimigos”; mas que amor é esse? Que forma de amor é essa?
Claro que amamos muitas pessoas, nossos pais, filhos, cônjuge, que são pessoas que aprendemos a amar no decorrer de nossas vidas, mas como amar quem não conhecemos? Como amar quem não temos afinidade?
Mesmo os espíritas não comemorando a Páscoa, respeita-se essa data tão importante para muitas religiões e não impede que sejam feitas muitas reflexões.
Páscoa remonta a transformação, mudança e o renascer. É momento de considerar os grandes exemplos de Jesus, amor e perdão.
É momento de considerar a nossa reforma íntima, que é o caminho para a evolução. Avaliar aquilo que podemos mudar em termos de comportamento e pensamento. Buscar se melhorar e melhorar o convívio entre as pessoas queridas.
Observamos muito que a mudança precisa ser no outro e esquecemos que nós temos os nossos defeitos.
Então, independente de religião, vamos comemorar a Páscoa de maneira sábia, buscando refletir sobre nossas atitudes e sobre os ensinamentos de Jesus Cristo.
E seguir, é claro, as orientações sanitárias de forma consciente, compreendendo que a sociedade precisa disso. Refletir que todos precisamos fazer a sua parte, para que possamos estar em melhores condições no futuro.
E, jamais esquecer dos ensinamentos do Cristo, que mesmo em face do seu maior flagelo carnal, ainda continuou dando exemplos de amor e perdão.