Na terça-feira, 16, ocorreu, por videoconferência, a primeira audiência de julgamento de Rozalba Maria Grime.
Ela é acusada de matar Flavia Godinho Mafra, em 27 de agosto do ano passado, e roubar o bebê ainda na barriga.
Com duração de 5h30, foram ouvidas 14 testemunhas, além de Rozalba e o marido Zulmar Schiestl.
Segundo a advogada de defesa, Bruna dos Anjos, Rozalba se manteve em silêncio durante toda audiência e ainda se mostrou bastante abalada.
Com o fim da audiência, foi aberto o prazo de cinco dias úteis para manifestação do Ministério Público e defesa.
Após isso o juiz deve se manifestar pelo pronunciamento dos acusados. Se decidido pelo pronunciamento, será então marcada uma sessão no tribunal do júri.
A advogada informa que, neste momento, a preocupação da defesa é com a saúde mental de Rozalba.
Por isso, busca saber se ela está recebendo atendimentos psiquiátricos e psicológicos no cárcere. “Se sim, pedimos o acesso a esses prontuários, e se não, exigimos a prestação desses atendimento afim de subsidiar o exame de sanidade mental dela”, explica.
Na próxima segunda-feira, 22, Rozalba, por meio dos advogados, apresentará quesitos e questões a serem esclarecidos pelo perito judicial, o qual realizou o exame de sanidade mental.
Após a reunião com o psiquiatra forense, Hewdy Lobo, conhecido por atuar no caso do esfaqueamento do presidente Jair Bolsonaro, a advogada afirma que foi possível concluir que o laudo pericial do exame de sanidade mental restou inconclusivo.
“Teve a inexistência de coleta de dados dos informantes familiares para o entendimento para a extração das anomalias dela ao longo da vida, o que limita a avaliação da Rozalba”, diz.
Atualmente, Rozalba está presa no Presídio Feminino de Florianópolis.