O Hospital e Maternidade Maria Sartori Bastiani, de Canelinha, está, novamente, sem realizar partos e cesáreas. A informação foi confirmada pelo prefeito Diogo Maciel em coletiva de imprensa.
Segundo o prefeito, assim que assumiu a prefeitura uma denúncia foi feita à Vigilância Sanitária do estado, a qual esteve no município para verificar se o hospital seguia às normas estabelecidas.
“Quando foi criada a maternidade, o ex-prefeito tirou o credenciamento de Canelinha para realização de cirurgias eletivas e colocou os dois centros cirúrgicos que tínhamos para maternidade”, explica.
Com isso, era necessária toda uma adequação e obediência de normas da Vigilância Sanitária, o que não foi feito. “Então o que ocorreu foi simplesmente uma alteração no nome, passando de Fundação Hospitalar para Hospital e Maternidade”, conta.
A partir da denúncia, a Vigilância Sanitária esteve no hospital e averiguou todo o local. “Fizemos um acordo para que não se fechasse o hospital, em que nos comprometemos a não fazer mais partos e cirurgias eletivas até que nos adequássemos a todas as regras, que reafirmo, há muito tempo não vinham sendo cumpridas”, revela o prefeito.
O prefeito ressalta que a paralisação dos partos é somente daqueles feito com agendamento e acompanhamento prévio. “Hoje, se uma mãe chegar com a necessidade urgente de um parto ou cesárea, será feito em Canelinha”, esclarece.
Medidas adotadas
O prefeito afirma que ainda ano passado, antes mesmo da visita do órgão fiscalizador e da denúncia, a diretora do hospital, Vanderleia Rosa, repassou a situação e ele já conversou com a arquiteta Daiana Nicolau, do setor de planejamento.
“Ela apresentou toda a planta do hospital, porque a adequação passa por aumento de espaço e remanejamento de paredes, além da parte hospitalar”, diz.
Após o levantamento, o prefeito levou a questão ao deputado estadual Coronel Mocellin, que destinou uma emenda de R$ 148 mil para a reforma.
Na semana passada, a diretora do hospital também informou ao prefeito que estava em contato com o deputado federal Peninha, o qual repassaria R$ 350 mil para a conclusão da reforma.
“Estamos vendo a possibilidade de, ao invés de duas, adequar pelo menos uma sala do centro cirúrgico. Assim, conseguiríamos voltar a fazer os partos com agendamento, sem ser emergência e também as pequenas cirurgias”, informa o prefeito.
O município também possui um saldo em caixa, em torno de R$ 100 mil, que deverão ser destinados para a compra de equipamentos para adequar do centro cirúrgico. “Mas, em relação a prazos, ainda não temos como definir, pois dependemos do pagamento das emendas”, finaliza.