Na teoria, o prefeito eleito de Canelinha, Diogo Maciel (PSL), terá maioria simples na Câmara de Vereadores, para a gestão 2021 a 2024. Mas, a presidência do Poder Legislativo será um teste de fogo para saber se, na prática, isso ocorrerá. E o único vereador eleito pelos Progressistas, Robinson Carvalho de Lima, é o nome que se denomina o coringa para negociar a presidência da Câmara.
O PSL, do prefeito eleito Diogo, elegeu dois nomes, Neto Melo e Vagner Simas. No PSD foram também dois eleitos: o ex-prefeito Eloir João Reis, o Lico, e Moacir Elias, o Moa.
Já o Progressitas, partido do ex-prefeito Antônio da Silva, elegeu justamente o advogado Robinson Carvalho Lima. Fora da política, ele nutre uma amizade com Diogo, mas já deixou claro que isso não pode influenciar nas decisões do parlamento. “Serei um vereador independente. O que for bom ao município, vou aprovar. O que eu entender que não seja interessante, reprovarei, pois Legislativo e Executivo são poderes que tem que haver harmonia, mas são distintos”, destaca.
Lima já deixou claro que pretende ser o presidente e prefere que seja nos primeiros dois anos. O empecilho está justamente no desejo do próprio Lico, que também quer ser o presidente no primeiro biênio.
Na outra ponta, aparecem os quatro vereadores eleitos pelo MDB, maior bancada em Canelinha: Thiago Vinícius Leal, Deivid Leal, Neli Ferreira e Francisco Honorato Cardoso Filho, o Chico.
Nessa disputa, Robinson tem a vantagem de ter bom trânsito tanto na situação, quanto oposição. E o discurso de independência foi um recado de que está aberto às negociações.
Já Lico, deixou claro que vai apoiar a gestão de Diogo e Junior. Além disso, o pessedista não tem bom diálogo com o MDB até então, o que não lhe da possibilidade de negociar com a oposição.