Natural de Tijucas, o empresário Thiago Peixoto dos Anjos, 35 anos, terá um fim de ano agitado. Em dezembro, a primeira filha, Sophie, vai nascer. Um mês antes, ele passará pela eleição que definirá o próximo mandatário (a) da cidade, para os próximos quatro anos.
Filiado ao Partido Democrático Trabalhista (PDT), ele tem como vice o empresário, Bruno Moisés Bordin (PSL), 25, o Bruno do Maneca. É a coligação ‘Tijucas Novos Rumos’, com PDT, PSL e Cidadania.
Católico, Thiago é casado com a também empresária Jéssica Cabral. Ideologicamente, ele se considera de centro/direita, apesar de ser filiado a um partido de centro/esquerda.
Tanto o pai, Rogério dos Anjos, o Guelo, quanto o avô, Manoel dos Anjos, foram vereadores na cidade. Inclusive, o senhor Manoel foi secretário de Educação, além de ser o autor do Hino de Tijucas.
Em uma frase, Peixoto destaca que“a política responsável, séria e transparente é um importante instrumento de transformação da sociedade”.
Nesta entrevista ao jornal Correio Catarinense, Thiago Peixoto informa os motivos que o fizeram se candidatar, pela primeira vez, a um cargo público.
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1- Correio Catarinense: Por que o senhor quer ser o prefeito de Tijucas?
Thiago Peixoto: Porque cansei de esperar pelo Poder Público. Sempre fui muito questionador sobre a situação da cidade, que parou no tempo. E sentado a gente não chega a lugar algum. Então resolvi enfrentar este desafio ao lado de pessoas de bem, sérias e que querem realmente construir uma nova Tijucas. Sou ficha limpa, nunca fui político, sou empresário e poderia simplesmente tocar minha vida. Mas assumi esta missão porque amo a cidade.
Nasci e cresci no município, vou ser pai e, também quero uma cidade melhor para a Sophie. E, claro, resolvi ser prefeito porque venho de uma família de gestores, meu pai o Guelo, já foi vereador, bem como meu saudoso avô, Manoel dos Anjos. A vontade de ajudar Tijucas está no sangue.
2- Correio: Quais são as prioridades que a cidade necessita?
Thiago: Tijucas cresceu muito nos últimos anos e os serviços públicos não acompanharam este ritmo. A cidade cresceu sem planejamento. O resultado é que serviços importantes, como a saúde pública, já não atendem com qualidade e eficiência toda a população. Nosso hospital é uma vergonha. Pouco efetivo. Não há médicos especialistas. As pessoas passam horas na fila. O sistema de saúde municipal também é precário, faltam médicos, exames, falta remédio, falta tudo. É preciso humanizar a nossa saúde pública. Queremos fortalecer o hospital, ampliando o efetivo e levando especialidades. Vamos estruturar os núcleos de apoio à saúde da família, fortalecer a Upa e criar um programa de atenção integral à saúde do idoso e dar uma atenção especial à saúde da mulher. Também vamos desenvolver um aplicativo para marcação de consultas. E, claro, trabalhar para reabrir a maternidade. A educação também precisa de atenção. Temos o pior Ideb da região. Precisamos voltar a dar uniforme e material escolar para as famílias e inserir tecnologia dentro da sala de aula, que deixou de ser atraente ao aluno. Vamos também adotar o ensino integral. A questão da água também é uma vergonha. É um serviço essencial e que em pleno século 21 ainda falta. Então é preciso fazer investimentos em redes de distribuição. A rede elétrica da cidade também precisa ser revitalizada. Enfim, precisamos dragar o rio e fazer o molhe da boca da barra, entre outras obras importantes. Mas, o mais importante, é realmente mudar a postura da gestão, que precisa ser mais técnica e transparente. Vamos acabar com os cabides de emprego e aí sobrará mais dinheiro para investir em áreas como saúde e educação.
3- Correio: Como será a relação com o Poder Legislativo?
Thiago: Nenhum prefeito governa sozinho. Por isso, nosso governo terá uma relação de respeito e de diálogo frequente com os vereadores.
4- Correio: Como será a participação popular e de entidades no governo?
Thiago: Essa é uma pergunta ótima, porque hoje o cidadão e as entidades representativas deixaram de participar da gestão. Ninguém é mais ouvido. Isto é, o recurso é público, é o nosso dinheiro, e a comunidade deixou de participar das decisões. Nosso governo terá as portas do gabinete abertas. Queremos ouvir o cidadão, as entidades e promover o orçamento participativo para que todos possam sugerir onde cada centavo deve ser investido.
5- Correio: E a participação do vice na administração?
Thiago: Com certeza o Bruno do Maneca não será coadjuvante. Apesar de jovem, trabalha desde cedo, é bacharel em Direito e já acumula grande experiência. Atualmente, é gerente da Manecar Veículos e é um jovem dinâmico e trabalhador. E gosta de trabalhar em equipe. É um líder. Levará para a prefeitura, assim como eu, a experiência da iniciativa privada.
6- Correio: O candidato pode deixar uma mensagem ao eleitor?
Thiago: Tijucas sempre foi governada por dois grupos e, agora, finalmente tem a chance de buscar uma alternativa. Eu e o Bruno, como já falei, somos ficha limpa, nunca disputamos eleição, viemos da iniciativa privada, e queremos, simplesmente, uma cidade melhor para se viver. Porque o tijuquense não vive mais a cidade. Por quê? Porque falta tudo. Falta água, falta energia, a saúde é precária, não temos maternidade, temos a pior educação da região e Tijucas simplesmente ignora o rio, que deveria ser tratado como ouro. O que eu o Bruno do Maneca estamos pedindo é uma única chance, uma só, pra mostrar o nosso trabalho e provar que dá pra fazer melhor, dá pra fazer diferente. Será um trabalho pautado no planejamento, em uma gestão técnica e em tecnologia para facilitar a vida do cidadão.