Pra tudo na vida há um propósito, e se quer saber, ela chega com uma lista gigantesca de motivos para garantir o porque de ter acontecido daquele jeito. A vida não quer ouvir suas desculpas, muito menos suas lamentações.
Ela só sabe que era para ser assim e pronto. É óbvio que tem horas que a gente nem quer saber da tal lista e ignora as letras miúdas, porque o ódio cega e a dor nos deixa na defensiva.
Lá no nosso subconsciente existe um lado capaz de entender o motivo de cada mínima coisinha que nos acontece, mas o grande problema é conseguir acessá-lo.
Ele fica escondido justamente para que só se abra essa porta depois de estar preparado para passar por ela.
Muitas vezes é preciso que o relógio adie inúmeros anos até conseguirmos encarar determinado fato de frente.
Por isso mesmo que tem horas que fingimos que compreendemos e aceitamos, mas lá no fundo geralmente a gente não entende de imediato e só mantemos o fingimento para conseguir seguir adiante. Embora pareça ruim, é mais comum do que deveria. Isso tudo acontece para entendermos que as marcas existem para nos fazer ir além.
São as cicatrizes que mostram o quanto vivemos, independente do quanto tenha sido doloroso o processo.
Não importa quantas vezes você se pergunte o porque de algo ter te acontecido, a resposta sempre será “era para ser assim”.
Não sei se dá para chamar de destino ou sina, castigo ou presente, ou se sequer dá para nomear de algum jeito, mas é assim que tudo acontece. Há um início, um meio e um fim, envolvido por inúmeros outros acontecimentos no meio dessas etapas.
O propósito de cada fase a gente só descobre durante o jogo. Até chegar a última fase, há muito a ser descoberto e muitas interrogações a serem desvendadas. No final, talvez a gente consiga compreender melhor o motivo de termos iniciado esse jogo maluco, só para começar.