O advogado Augusto Seifert, que estava atuando na defesa de Rozalba Grimm, 26 anos, no crime de assassinato de Flavia Godinho Mafra, 24, foi afastado do caso nesta terça-feira, 8.
Segundo o advogado, o caso de Rozalba será encaminhado para a defensoria pública e na falta desta na comarca de Tijucas, para a advocacia dativa.
Ele explicou ao Correio Catarinense que a própria acusada do crime preferiu por uma advocacia pública por não dispor de recursos financeiros.
Seifert ressalta que a instauração de incidente de insanidade mental já foi pedida, porém o Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) se manifestou pelo indeferimento. Agora, o juiz é quem decidirá.
O delegado Paulo Alexandre Freyesleben e Silva explica que o incidente de insanidade mental tem como objetivo avaliar se a autora do crime tinha condições psicológicas de ter algum discernimento do ato que cometeu. Ele é feito por profissionais da saúde e peritos. “O meu ponto de vista é que ela estava bem lúcida da situação, porém, para aprofundar isso, somente um perito médico”, destaca.
Os aparelhos celulares de Rozalba e do marido Zulmar Schiestl, 44, também suspeito de ter participado do crime, foram apreendidos pela Polícia Civil. Eles foram encaminhados para o Instituto Geral de Perícias (IGP), juntamente com a roupa que a suspeita usava no momento do crime. “Ainda não recebemos os laudos e extrações de DNA do IGP”, informa o delegado.
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Na sexta-feira, 4, o Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) ajuizou na Vara Criminal de Tijucas, ação penal contra o casal Rozalba e Zulmar.
A denúncia do Ministério Público é pela possível prática dos crimes de feminicídio, tentativa de homicídio, parto suposto, subtração de incapaz e ocultação de cadáver.
O delegado Freyesleben acrescenta que, “mesmo com a denúncia do MPSC, a Polícia Civil continua com diligências, em destaque a análise dos celulares quando houver conclusão do IGP”, finaliza.