O mundo seria incrível se não precisássemos perdoar ou ser perdoados! Quem nunca passou por uma situação, que precisou perdoar, ou até mesmo pedir perdão?
Enquanto a psicologia chama de “consciência” e a teologia de “senso de dever moral”, a antropologia que estuda a cultura humana, afirma que as pessoas possuem um “senso de moralidade” sobre o que é certo e errado. Baseado nisso podemos afirmar, que cada indivíduo toma suas decisões de acordo com o que considera ser correto ou não.
Perdoar nos livra de maus sentimentos como o rancor, a raiva e a vingança. É uma ótima oportunidade para se libertar, demonstrando que o indivíduo possui inteligência emocional para lidar com as adversidades, permitindo ao mesmo o amadurecimento. Quando alimentamos esses sentimentos negativos, acabamos desencadeando danos físicos e até mesmo psíquicos a nós mesmos e a todos que conosco convivem.
No filme Love Story, grande sucesso nos anos 70, uma de suas falas famosas afirmava que: “Amar é nunca ter de pedir perdão”. Ao contrário de um dos livros mais antigos da história, a Bíblia, que afirma em Lucas capítulo 7, versículo 47, que o perdão gera o amor!
Amar muitas vezes significa pedir desculpas, e todo amor verdadeiro implica em um pedido de perdão por parte de quem erra, e um perdão de quem foi magoado. É isso que conduz os relacionamentos a se restaurarem e serem felizes. Tudo isso começa quando se aprende a usar a linguagem do perdão mais apropriada.
O escritor e doutor em antropologia Gary Chapman e a escritora e doutora em psicologia clínica, Jennifer Thomas, em seu livro “As cinco linguagens do perdão”, revelam novas maneiras de abordar e reconstruir relacionamentos despedaçados. Afirmando ainda que há cinco formas de expressar o seu perdão:
• Manifestação de arrependimento: é a maneira mais comum de expressar o perdão, através da manifestação de seu arrependimento, com palavras, como por exemplo: “sinto muito”.
• Aceitação da responsabilidade: o indivíduo entende que cometeu o erro e verbaliza esse sentimento através de palavras, como por exemplo: “Errei, eu sei!”.
• Compensação do prejuízo: nessa linguagem do perdão o indivíduo, busca a compensação pelo erro que cometeu, verbalizando questionamentos de como poderá corrigir sua falha, como por exemplo, “Como posso fazer para me redimir?”;
• Arrependimento genuíno: Nesse caso podemos citar o seguinte exemplo: um funcionário rouba de sua empresa, mas assume em seguida a responsabilidade pelo erro, denuncia imediatamente seu ato ao chefe, demonstrando arrependimento genuíno, se oferece para pagar eventuais prejuízos e pede desculpas, há alguma possibilidade de que seja autorizado a continuar ocupando seu cargo.
• Pedido de perdão: nesse caso o indivíduo deseja restaurar completamente o relacionamento, e busca isso através de afirmações, como, “Por favor, me perdoe”.
O livro ainda orienta como pedir perdão no relacionamento, no ambiente de trabalho e como ensinar os filhos a praticar o perdão. Se você é uma dessas pessoas que não tem o hábito de pedir desculpas, acredita que o problema está nas atitudes dos outros, esse livro é uma ótima indicação de leitura.
Reflita, quando foi a última vez que você pediu perdão ou perdoou genuinamente alguém? Lembre-se, todo aquele que perdoa, gera amor! Identifique a sua melhor linguagem de perdão e multiplique o amor.