Juliano César
A morte de um bebê de apenas seis meses na Fundação Hospitalar Municipal de Canelinha, no domingo, 16, chamou a atenção. Não há como dizer, neste momento, se houve ou não negligência. Uma boa investigação idônea e isenta poderá responder essa situação.
Mas, o que me assustou também foi o silêncio sepulcral da direção do próprio hospital, da empresa que toca o local, da Secretaria Municipal de Saúde e, até mesmo, da Prefeitura. Nenhuma frase, nenhuma vírgula, nenhuma letra, nada, nada. Nem ao menos uma nota de conforto aos familiares.
Segundo o pai Cleberson Bonfim, o bebê começou a apresentar sintomas de gripe na quinta-feira, 15, e ele o levou ao hospital. O médico de plantão teria diagnosticado apenas um resfriado e liberado o bebê sem solicitar exames complementares. Na sexta-feira, 16, com a piora do quadro, os pais retornaram ao hospital, onde outro médico também não teria dado a devida atenção ao caso.
No sábado, 17, pela terceira vez o bebê foi ao hospital, e somente então foi solicitado um raio-X. Porém, já era tarde: Leonardo faleceu na manhã de domingo, 18, na quarta vez em que estava sendo atendido.
A família, que reside em Rio Branco do Sul/ PR, deverá acionar o Ministério Público para esclarecer toda essa situação.