Cristiéle Borgonovo
Valcir de Assis, 63 anos, é batistense e há 45 mora no bairro Carmelo. Ele recorda da comunidade com poucas casas e sem muitos moradores, sendo um local tranquilo. Porém, com o passar dos anos, a evolução chegou e moradores de diversas cidades e até mesmo estados se instalaram para trabalhar e auxiliar do desenvolvimento econômico de São João Batista.
Quando criança, recorda de brincar de pés descalços de bola pelas ruas de chão batido. Também haviam momentos de conversas entre os moradores. Um dos locais onde todos se encontravam era na Cancha de Bocha do Juca.
Com o passar dos anos, o progresso foi se instalando, recorda que a Cor da Flor, indústria de calçados foi a primeira a se instalar no bairro gerando empregos. Depois vieram outras para complementar como a Laydi Lu, Azillê, Guilia Bardô, além de empresas de outros ramos, como a tradicional Móveis Tamanini que é de propriedade de uma família tradicional do bairro, o Mercado Souza, que era em uma casa de madeira e hoje é uma belíssima obra, além das pequenas indústrias e ateliers.
Um espaço de lazer para as crianças e jovens foi o campinho do Carmelo, que atualmente se encontra em obras. No local, o encontro para bate papo e diversão era garantido. O saudoso Ernestino João dos Santos cuidou muito do lugar, onde fazia a limpeza e plantou árvores para garantir a sombra em dias de calor.
Valcir também fala sobre a vala que corta o bairro, sendo que por muitas vezes transbordava em dias de chuva e alagou muitas casas. “Graças a Deus eles fizeram a tubulação e algumas drenagens foram melhoradas, assim as enxurradas não fazem mais os estragos de antes”, conta.
O bairro também recebeu uma escola, um posto de saúde e a creche que facilitou a rotina de muitas famílias.
A primeira igreja também não ficou esquecida, ele recorda de quando jovem iam lá, ficava bem no fim do bairro. Atualmente uma nova capela foi construída, que leva o nome de Divino Espírito Santo e todos os anos é realizada a tradicional festa.