Cristiéle Borgonovo
É com emoção que Idaltro Zunino, 52 anos, recorda do saudoso pai, Aleatar Zunino. Eles sempre moraram na localidade de Lua, no bairro Arataca. A mãe, Maria Dulce Zunino, 77 anos, e a família continuam ali. Apesar de ser um local pacato, desde a emancipação Político Adminsitrativa de São João Batista, há anos, mudanças e transformações também chegaram por lá.
Hoje aposentado, no quintal de casa iniciou uma paixão, a meliponicultura, que é a criação de abelhas nativas do Brasil, que tem como característica não ter ferrão. Durante a entrevista também é possível acompanhar a visita de aves e animais da fauna nativa no pátio. “Não tem como trocar essa tranquilidade e belezas naturais diárias por outro lugar”, comenta.
Casado com Marcia Regina Puel Zunino, 52 anos, é pai de Jean Paulo Zunino, 25. Dos tempos de criança, Idaltro recorda de ajudar os pais na colheita de cana de açúcar, onde amarrava as olhas. Ressalta também que para todos os cantos que se olhava havia plantação de cana. Com o fechamento da usina de açúcar, veio o cultivo do fumo.
Um fato marcante de quando era menino, cerca de cinco a seis anos de idade, foi a dos funcionários da Celesc – Centrais Elétricas de Santa Catarina – instalando os pontes e fiação elétrica, onde a energia fez se aposentar a luz de querosene.
Os fins de tarde e noite, todos se sentavam ao redor da mesa para conversar, contar histórias e causos onde haviam bons momentos entre pais, filhos e avós.
Idaltro aos 19 anos foi estudar na Escola Agrícola em Araquari, no litoral norte catarinense. Depois de dois anos retornou, por um ano trabalhou na Cerâmica Portobello, em Tijucas, por 12 anos foi sapateiro, atuou nas indústrias de aipim e também em plantações próprias. Por seis anos foi zelador da Escola de Educação Básica Professora Lídia Leal Gomes, no distrito de Tigipió, profissão que o pai exerceu por cerca de 20 anos, no mesmo educandário.