Na sexta-feira, 2, realizou-se aconteceu uma viagem técnica, de um grupo de batistenses, com destino ao projeto Pró-Crep: Criar, Reciclar, Educar e Preservar, na Enseada da Pinheira, em Palhoça. O objetivo da viagem foi conhecer as instalações dessa associação, que promove o trabalho e a renda para aproximadamente 60 famílias.
O projeto na Pinheira engloba diversas atividades sustentáveis, como a separação de resíduos sólidos; o galpão do Cacareco, onde há a venda produtos descartados e em condições de serem reutilizados; o galpão do artesanato, com o uso de materiais recicláveis; o galpão do brechó; a hidroponia (em parceria com a Unisul); a produção de fertilizantes, compostos por resíduos orgânicos e a oficina de sabão.
O grupo que esteve no passeio é de pessoas que promovem e/ou desenvolvem atividades artesanais, educacionais e culturais em São João Batista. Membros do grupo “Mulheres Unidas Batistenses”, mulheres agricultoras, artesãs do grupo da feira “Nossa Terra, Nossas Mãos”, da Funjuve, estudantes e professores da Escola Lídia Leal Gomes e representantes da Secretaria de Educação.
Eles foram recepcionados pelo engenheiro agrônomo da Epagri de Palhoça, Edson de Quadra e a idealizadora do Pró-Crep, a professora Helia Alice dos Santos. O objetivo da visita técnica foi o de requalificar e renovar ideias sobre a separação de resíduos sólidos, sobre o reaproveitamento de produtos descartados, e sobre atividades sustentáveis e educacionais na área da agricultura, visando principalmente à promoção social e o desenvolvimento de ações que viabilizem a melhoria de condições de vida e o enfrentamento de desigualdades econômicas, ambientais e culturais.
Ações Afirmativas
Segundo a extensionista da Epagri de São João Batista, Marines Simone Richwicki, organizadora das atividades, com o conhecimento adquirido há a possibilidade de ações afirmativas, a exemplo da Pró-Crep, caso haja apoio do Poder Público e de entidades do município. “A cidade é carente de ações organizadas com relação à reciclagem e reaproveitamento de material descartado”, destaca.
Segundo o professor da Escola de Tigipió, Malcon Gustavo Tonini, é importante educar as crianças e jovens para aprenderem a se relacionar com a natureza, pensando sempre em construir um novo modo de viver, produzir e consumir. “É importante que a escola leve sempre em consideração, no ensino, os desafios socioambientais quando desenvolva ações, o que, por consequência, promove o acesso da comunidade aos direitos humanos e a justiça social”, completa.