A porta de chegada ao mundo, planeta terra, nos aponta um alvo infinito de interrogações.
Por quê? E sem paralisias, avançamos os porquês. Mães de um mundo paradoxal, dogmas não obstruídos, pois a genética de valores em suas superficiais mutações não destroem em nenhum mortal a beleza física e mística da maternidade.
Mãe, doce mais doce aos lábios de tenras crianças balbuciando a vida. A primeira que abraça, que alimenta, que sustenta até os mais longínquos passos.
Nenhum nome é mais verbalizado que este. Amado em grande frequência nas mais distintas situações, sem perder a ternura quando um torcedor em um jogo de futebol xinga a mãe do juiz. A galera vibra em bons humores, e as mães seguem firmes e inigualáveis.
E tudo continua pulsando. Encontros mais digitais do que presenciais na intensidade de uma saudade que se abre em conexões: “Fique em casa”, “Amamos você”. No pulsar mais reflexivo de nossos corações.
A mãe que mora em você mora em todas as pessoas devotas à vida, na força vital de necessitar de amigos, encontros, sorrisos, onde o recomeçar será sempre surpreendente.
Coração aberto mesmo no isolamento social, evocando possiblidades de vida na vitória de muralhas insensatas de poderes em suas pseudos ambições.
Há décadas passadas minha saudosa avó paterna, Leopoldina Antunes Dalsasso, fonte de minha inspiração na fé, coragem, entusiasmo, em seus últimos dias de vida, aos 99 anos, assim se expressou ao se despedir de meus pais, e eu também ali presente, na cidade de Orleans, agraciada com o privilégio de assistir esta cena, que levarei para eternidade:
“Filho, se pudesse voltar ao passado eu não queria ser mãe de dezenove filhos. Eu iria querer ser mãe de sessenta filhos, porque esta vida é maravilhosa”.
Trago comigo esta memória que sempre carregarei, além de outros patrimônios que ladrão nenhum rouba: minha mãe, que vivera uma vida consagrada à fé, fazendo da coragem e da humildade sua grande liturgia.
O mundo precisa de mães elevando os filhos à capacidade de amar. Amar sem medidas esta vida maravilhosa.
Parabéns estas mães que começam a despertar. Deus as ilumine. Liberte a mãe que mora em você.