Cristiéle Borgonovo
Feitos com cascas de nozes, de palha de milho, de tecido, crochê, cristal, argila, gesso ou até mesmo de bolacha. Na residência do casal Jonas Cadorin, 60 anos, e Berenice Oliveira, 53, em Nova Trento, o que não falta são variedades de presépios para apreciar e conhecer a origem. Ele, que é professor de História aposentado, ao lado da companheira também abriu as portas da casa para mostrar à comunidade os presépios da família.
Ao chegar na residência, a primeira visão é de uma gruta na rua com um presépio fixo. Ao olhar para a moradia, na varanda outro presépio especialmente montado com luzes e peças cheias de significado. Logo, eles já nos convidam para entrar e apresentam os mais variados, tipos, tamanhos, estilos e nacionalidades de cada peça. “Temos que compramos ou ganhamos. São presépios da Áustria, Chile, Argentina, Alemanha, de origem açoriana e de outros estados brasileiros”, mostra.
Jonas também tem uma coleção de São Francisco de Assim, que segundo a tradição é o criador dos presépios na religião católica. Ele teria no ano de 1223, na Itália, organizado o que indica ser o primeiro presépio do mundo. São Francisco de Assis queria que as pessoas compreendessem melhor o nascimento de Jesus.
Sobre a belíssima coleção de presépios, um dos momentos mais tristes foi em 2005 onde um incêndio na residência fez com que eles perdessem tudo. “Mas há 8 anos começamos a reconstruir”, relembra.
Jonas também é cantor de serenatas, junto de amigos encantam com doces canções pela cidade. Paixão e interesse tamanho, que ao viajar para a Áustria, visitou a cidade de Oberndorf, onde foi criada e cantada pela primeira vez a música Noite Feliz, na Missa do Galo, em 1818, na paróquia de São Nicolau. “Somos gratos por manter em nossa cidade essas tradições natalinas tão belas”, conclui.