Weslley Davi Ussuna Kemer – 2ª série do Ensino Médio
Muitos foram os acidentes, ao longo do tempo, nas pontes que atravessam o Rio Tijucas. Pessoas nas mais diferentes épocas foram “engolidas” pelas suas águas. Uma tragédia muito lembrada na Colônia é a de fevereiro de 1959, quando um noivo recém-casado e alguns familiares foram levados junto de uma ponte de arame, durante uma enchente. Isso logo depois do casamento.
Outras histórias circulam o imaginário popular, como a da menina que pisou em uma tábua podre de uma ponte pênsil e caiu no rio no final dos anos 1940. Dizem que o que salvou a menina foi seu vestido rodado que a fez boiar. Tem quem diga que ela nem molhou os cabelos até ser resgatada.
Mas uma memória muito presente na Colônia, envolvendo acidentes no rio, é a que conta sobre o corpo resgatado por moradores e deixado na porta da casa do Carlota, um homem que morava muito próximo das águas. Não se sabe ao certo, mas foi avistado boiando no rio o corpo de alguém. Alguns colonos o encontraram e correram para o resgate. Infelizmente, a pessoa estava morta. Na época, não existiam autoridades, na região, para lidarem com a situação. Foram alguns moradores locais que fizeram o resgate.
Os próprios colonos, fizeram uma espécie de caixão com tábuas que encontraram, colocaram o corpo dentro e seguiram até a igreja de São José. Quando passavam, próximos à casa do Carlota, com o peso do morto, o caixão desmontou. Bateram na porta do morador ribeirinho, pedindo uma corda para reforçar o caixão enjambrado.
Carlota fez de conta que não era com ele. Um dos colonos, revoltado com a atitude do conhecido, gritou: – Levanta Carlota, que o defunto está na porta! O tal Carlota, desesperado, levantou da cama e correu até a estrebaria, voltando com uma corda. Os colonos, então amarraram o caixão e seguiram para seu destino. Carlota ficou aliviado e o corpo levado para o representante da paróquia tomar as providências necessárias.
A lição que se tira dessas histórias, é que com as águas do rio Tijucas não se brinca!