Juliano César
A situação de saúde precária dos cachorros que vivem na aldeia indígena do Itereré, em Major Gercino, foi tema de debate na sessão da Câmara de Vereadores, na noite de segunda-feira, 1.
Por fim, os edis receberam um projeto do Poder Executivo, ao qual concederá um valor mensal de R$ 3 mil por um ano, valor global de R$ 36 mil, para que a Associação Batistense Protetores dos Animais (ABPA) possa mudar este cenário atual na aldeia.
A bióloga Joana Zunino marcou presença na sessão e explanou sobre o assunto. De acordo com ela, esta situação requer cuidados especiais, não somente com os animais, bem como com os próprios indígenas. “A ABPA participou de uma reunião com o prefeito Valmor [Pedro Kammers], a procuradora do município [Viviane Fávero Kamers] junto ao Ministério Público e representantes da Funai [Fundação Nacional do Índio] para resolver essa questão”, informa. Ela também é coordenadora regional do Instituto SOS Bicho Urbano, que também fará parte da ações.
A partir de então, a ABPA, junto com os órgãos competentes, vai iniciar um trabalho de reabilitação dos animais, em que a maioria estão adoecidos, principalmente com sarna. Depois, quando estiverem melhores de saúde, eles passarão por castrações, para que possam ser adotados.
A quantidade de cachorros na aldeia é de quase cem. “Infelizmente muitas pessoas abandonam os animais naquele local. E os índios não têm condições nem mesmo de oferecer alimentação aos cachorros”, destaca. Por isso, a bióloga está em contato com uma rede de voluntários para que possam doar rações. O projeto também terá como parceiros, a Clínica Veterinária SOS Animais, de Brusque, e a empresa Pet Farm.
Ela também analisa que programas educacionais junto às crianças do município serão importantes, para que os pequenos aprendam a não abandonarem os animais de estimação. “Queremos aqui agradecer ao Poder Executivo pelo projeto, e a todos os vereadores pela futura aprovação. Com isso, teremos a oportunidade de mudarmos o cenário da aldeia”, destaca.