Dr. Wilian Duarte da Silva
Por mais que se esforça na direção do bem. Por mais que siga o bom senso. Por mais que queira conseguir a perfeição. O homem se vê diante de encruzilhadas, desvios, quebradas, tornando-se, por vezes, indeciso, indefinido, perplexo. São os percalços no caminho da vida. São as desventuras, do dia a dia. Acontece sempre, seja para o inculto ou para o sábio, para o rico ou para o pobre, para todos. É o corolário constante da vida.
A sabedoria diz que o atalho encurta o caminho. É verdade, mas nem toda via, é perfeita. De qualquer forma, o homem terá que seguir seu destino, diante de tantas vicissitudes e variantes.
Para uns, essas situações difíceis, confusas, intricadas, são ultrapassadas facilmente, com sabedoria. Para outros, é infinita, lhes tirando a tranquilidade, a paz e sono. Alguém disse, “quando os problemas aparecem, o melhor é abandoná-los”. Se rejeitar não serão resolvidos. O melhor é encará-los, por mais tenebrosos que sejam. Depois de solucionados, o alívio da alma e a satisfação pessoal, atestam que o pesadelo aflitivo, era muito menor do que imaginava.
E quando, não depender exclusivamente de um? O desatamento do problema, tem o mesmo desfecho.
Por que será, que temas importantes, de relevância social, são de suma significação para uns. E, para outros, de pouco valor, ou valem nada? Não estão nem aí, para o que possa acontecer. Será, por não terem consciência da gravidade ou tamanho do problema? Da sua importância? De suas consequências? Veremos. Os óbices são constantes, na vida das pessoas e também no conjunto humanitário. Os problemas são pertinentes, aparecem frequentemente, seja para o rico, pobre, sabido, ignorante, independentemente de tamanho, idade e sexo. Exceto para os sem memória. Será? Sempre, dependendo da proporção do problema e limitações de cada um. Todos, tem adjetivos subliminares. As mudanças de caminhos, nem sempre resolvem problemas. Quem muda constantemente, chega a lugar nenhum. Estradas e vielas tortuosas por si, dificultam e emperram a solução.
Entre os temas relevantes, destacam-se, as eleições para cargos eletivos nas diversas esferas do executivo e legislativo. Nessa área, encontram-se pessoas contrários a lei e a própria consciência. Consciência é o sentido ou percepção, que o ser humano possui do que é moralmente certo ou errado, em atos e motivos individuais. Nessa contundência aparecem os trambiqueiros, inescrupulosos, que se trocam e se vendem. Comprador e vendilhão. A maioria teme a lei, não a consciência. A consciência pouco importa, contanto que recebam alguma coisa. Seus atos imorais, são próprios da sua subjetividade. Neles, não permeia a razão e o bom senso. Os problemas são sempre dos outros. Agem despudoradamente. São perdulários, trocam a consciência pelo voto, por qualquer preço, sem medir o que poderá acontecer. Com isso, mais e mais problemas para si, comunidade, estado, nação. Tidos como expertos, insensatos, do que tanto faz, como tanto fez. Valem nada, muito menos do que receberam. Pior, os familiares carregam a mesma pecha, não sendo e, os bons se afastam. São os quiproquós dos problemas. A consciência corrói o traidor, o vendilhão e comprador.
Nessa temperança do certo ou errado, há outros tipos de gente extremamente perigosos. Os que roubam e matam, sem dó, nem piedade. Os bandidos perigosos. Seus maiores problemas ou preocupações, são achar maneira, forma, estratégia, para roubar e matar, se necessário, pouco importando a vida dos outros, a não ser a lei (???). Suas apreensões correntes, do dia a dia, é a criminalidade. Vivem disso. Tanto faz matar ou morrer. Para eles, a consciência vale nada, nem a vida de semelhante. Será que nasceram para serem estopim do mal? Será que seus psiquismos são marcados no nascedouro para o mal, ou se pervertem ao longo da vida? Pode. É a educação.
Diz velho adágio, “o pau que nasce torto, morre torto”. Aquilo que é torto não se pode endireitar, é bíblico.
Há quem diga, nasceu para ser malvado, bandido. Será? Torto por natureza?
A distinção entre o bem e o mal, que permeia a consciência, não prevalece nessas ocasiões? Difícil.
O meio onde vive e outros fatores, coloca-o na criminalidade? Pode.
Dizem que bandido não tem consciência, nem senso de razão, nem piedade, em relação a vítima ou desafeto. Rouba, sequestra e se necessário, mata. A mente é arsenal de maldade. Será? Afirmam também, são doenças psíquicas para uns. Pode. Para outros, malvadeza de bandido perverso, contumaz, por práticas sequenciais de crimes. Pode ser. Até premeditada.
A consciência é o termômetro da mente. Registra e detecta tudo, durante toda vida. Não engana. E por mais que a pessoa possa conjecturar, usar subterfúgios teóricos ou científicos, para justificar os atos injustos, não consegue. Só desaparece com a morte.
Fatores envolventes, levam até crianças para criminalidade. Subjugam, seja quem for, para obtenção de seus intentos. Muitos visam, não só o valor pecuniário, econômico, mas a satisfação de atos libidinosos e sexuais. Depois de concretizados seus desejos, matam. Perversidade.
Verdadeiramente o ato injusto, pesa na consciência, acusando o indivíduo, a todo instante e por todo tempo. Os sentimentos de tristeza, frustração, desapontamento e decepção, corroem a mente. Quer se livrar, apagar a tormenta, não consegue. A sensação do certo e errado é inerente a psique da pessoa. Não tem como fugir, enquanto não for ajustada ou compensada (consciência), se possível. E pior, carregará para sempre, o suplício, o martírio, do que lhe acusa a consciência, do pesadelo do ato injusto. E a compensação, depende da gravidade do ato abusivo ou criminoso. A consciência sempre acusará o erro, no entanto, o ato praticado é de livre escolha da pessoa, da sua vontade e não depende dela. É o livre arbítrio. É a natureza humana. No final, cada qual, recebe o que merece, mais cedo ou mais tarde.
Entre tantas adversidades, existem pessoas que criam problemas para si, sem necessidade. São as mordomias exageradas, extravagantes, as luxúrias desmedidas e hábitos desnecessários. Querendo aparecer, expondo excessos de vaidade, fazem coisas sem pensar, sem poder, sem medir consequências.
A vaidade é mãe da futilidade e do consumismo.
Pequenas causas podem gerar grandes problemas.
A Consciência maculada, acusará sempre o ato injusto.
Um homem digno, não se compra, não se vende e nem se troca. A dignidade e o caráter, são atributos inerentes a pessoa séria, correta.