Juliano César
A batistense Micheli Poli Silva assumiu como diretora da Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina (Fiesc), para o mandato 2021/2024. A posse da nova direção realizou-se na noite de quinta-feira, 12, em Florianópolis, sendo que o presidente é Mário Cezar de Aguiar, que assumiu para um segundo mandato.
Micheli é uma das sócio-proprietárias do Grupo Café Jurerê, com mais de 75 anos de história no Vale do Rio Tijucas. A empresa iniciou as atividades em São João Batista e, desde 1987, tem sede no bairro Praça em Tijucas.
Ela é filha do ex-vereador e atual presidente do MDB batistense, Eurli Silva, o Irmão, e neta do primeiro prefeito de São João Batista, Gentil Silva Filho.
A atual diretoria é composta por 111 membros, sendo que apenas oito são mulheres. Micheli faz parte da Diretoria para Assuntos Estratégicos.
“A presença na diretoria é a oportunidade de termos mais proximidade com outras instituições, sendo elas governamentais ou não. Nesse sentido, manifestamos as nossas necessidades de melhoria para maior avanço industrial e maior qualidade de vida das pessoas, auxiliamos na implantação destas melhorias através de estudos e propostas”, analisa Micheli Poli Silva
Discurso do presidente
Por unanimidade, o industrial Mario Aguiar foi reeleito no dia 25 junho. O empresário Gilberto Seleme é o 1° vice-presidente e a mesa diretora também é composta pelos industriais: Edvaldo Angelo, diretor 1º secretário; Ronaldo Baumgarten Júnior, diretor 2º secretário; Alexandre D’Ávila da Cunha, diretor 1º tesoureiro, e Rita Cássia Conti, diretora 2ª tesoureira.
Em seu discurso de posse para o segundo mandato à frente da Fiesc, o presidente da entidade falou no fortalecimento do setor industrial em Santa Catarina.
Participaram do encontro lideranças empresariais e políticas. Entre elas, o governador Carlos Moisés da Silva; a vice-governadora, Daniela Cristina Reinehr; o presidente do TJ-SC, desembargador Ricardo Roesler; a presidente do TRT-SC, a desembargadora Maria de Lourdes Leiria; o 1° vice-presidente da Alesc, deputado Nilso Berlanda; o presidente do TCE-SC, Adircélio de Moraes Ferreira Júnior; o vice-presidente executivo da CNI, Glauco José Côrte, e o presidente da Federação dos Trabalhadores nas Indústrias Metalúrgicas (FETIMMMESC), Ewaldo Gramkow. O presidente da CNI, Robson Braga de Andrade, participou por vídeo, a partir de Brasília.
Ao defender o fortalecimento da indústria na geração de riquezas, Aguiar explicou que essa escolha ocorre por dois motivos. O primeiro é a oportunidade. Santa Catarina possui empresários audaciosos e a indústria de transformação mais diversificada do Brasil. O outro é o desenvolvimento socioeconômico. Nenhum setor da economia colabora tanto para o crescimento quanto a indústria. Onde há indústria, há qualificação de trabalhadores, inovação, tecnologia, dinamismo e progresso”, explicou Aguiar.
Para auxiliar a indústria, ao longo desta gestão serão aplicados R$ 510 milhões em recursos próprios e com apoio da CNI, podendo até mesmo superar esse valor, com a inclusão de novos projetos. A prioridade é a educação, área em que o SesiI e o Senais têm décadas de contribuição inestimável à indústria e à Santa Catarina.
O presidente da Fiesc lembrou que para ter mais indústria, o Estado deve estar unido, com forte integração entre os setores produtivo, institucional e político. “Precisamos ter bons projetos e definir prioridades. É necessário pensar o estado de forma integrada, com visão sistêmica. Assim poderemos viabilizar grandes investimentos e realizar todo o nosso potencial. Já temos o principal, os empreendedores”, declarou, observando que o industrial catarinense vence diariamente a infinidade de dificuldades de um País que, há tantos anos, precisa de reformas para gerar um cenário minimamente favorável à atuação da iniciativa privada.
O presidente da CNI, Robson Braga de Andrade, disse que o fortalecimento do setor industrial sempre foi a prioridade da Fiesc. É fundamental para o desenvolvimento econômico e social do Brasil. A indústria tem um papel estratégico na geração de emprego, renda, paga os melhores salários e é decisiva para a expansão dos demais segmentos. Em Santa Catarina, a indústria tem uma participação de quase 27% no PIB do estado. É um dos mais altos do país”, afirmou ele que participou de forma virtual.
Governador
Em seu discurso, o governador Carlos Moisés destacou as adversidades trazidas pela pandemia, mas salientou que foi um período de muita união. “Venho aqui reafirmar a vontade do governo de manter o diálogo para que nossas escolhas sejam sempre mais acertadas e melhores para os catarinenses”, declarou, chamando a atenção para a importância de investimentos em rodovias, ferrovias, portos e aeroportos. “Elegemos como prioridade a infraestrutura e sabemos que é uma pauta da indústria catarinense”, afirmou, lembrando que o governo catarinense tem investido nas rodovias estaduais, mas encontra desafios na realização de projetos.
Ele disse ainda que há um esforço para investir nas rodovias federais pela importância delas como corredores logísticos, a exemplo das BRs 470, 280, 163, 282 e 285. “Essas obras precisam acontecer. Estamos dispostos a investir recursos nestas rodovias”, ressaltou, informando que no dia 17 de agosto o assunto vai ser tratado em reunião no Ministério da Infraestrutura. Ele também defendeu o modal ferroviário a partir do Oeste catarinense e disse que o governo está estudando o assunto.
Informações: Fiesc