O prefeito de Canelinha, Diogo Francisco Alves Maciel (PSL) se posicionou contrário a construção de um empreendimento privado para a instalação de um aterro sanitário no bairro Cobre. De acordo com ele, nem se o chefe do Poder Executivo quisesse, o aterro sairia do papel, pois o Plano Diretor Municipal impede esse tipo de empreendimento neste local, devido ao alto grau poluidor. “Sou totalmente contrário a instalação deste aterro sanitário”, destacou.
Em 15 de dezembro de 2016, último mês da segunda gestão do ex-prefeito Antônio da Silva (PP), a Prefeitura Municipal emitiu uma certidão de uso e ocupação do solo, permitindo a implantação de uma central de tratamento de resíduos domiciliares. Em março deste ano, um dos sócios da Canelinha Serviços de Engenharia Ambiental Ltda, interessada em construir o aterro, procurou o prefeito para informar sobre o assunto.
Inicialmente o empreendimento deveria ocupar 37.800 m² de uma área de 1.080.498,97 m² de reflorestamento. A empresa contratou um estudo ambiental preliminar e o projeto básico do aterro sanitário Classe II para iniciar o processo de licenciamento. Em 2018 o órgão ambiental concedeu autorização para o levantamento de Fauna na Área de Influência Direta, conforme consta no Instituto do Meio Ambiente (Ima).
A primeira das três licenças obrigatórias foi liberada pelo instituto em março deste ano. A Licença Ambiental Prévia (Lap) declara a viabilidade locacional para a atividade, porém não substitui os alvarás exigidos por leis Federal, Estadual ou Municipal. O projeto foi licenciado para receber até 50 toneladas de lixo por dia conforme consta na Lap.
O assunto foi abordado na sessão da Câmara de Vereadores nesta semana e, na noite de quinta-feira, 22, o prefeito se reuniu com o Poder Legislativo, após os edis pedirem uma reunião, ao qual trataram sobre o tema. “Posso assegurar a população que esse aterro privado não vai se instalar em Canelinha”, concluiu Maciel.