Guilherme Sestrem (3º ano E.M.)
Conta Dona Quinha, que antigamente o pó de café que a família consumia, não era comprado em embalagens a vácuo como hoje. O casal Osnildo e Quinha possuía uma pequena propriedade com plantação de café, na localidade de Canudos.
Os grãos maduros eram colhidos e colocados em samburás, que eram sacolas feitas com cipós por Osnildo. Depois eram espalhados para secar.
Quando secos, os grãos eram levados até a casa de uma senhora, conhecida como Maricha. Esta Senhora torrava o grãos de café em um caldeirão. Quando já estava torrado, levava os grãos até o pilão para secar e moê-los. E assim o pó estava pronto para preparar o cafezinho de cada dia.
A cultura do café, muito popular no Brasil Colonial, já no terceiro ano após o plantio se cobria de flores, que aos poucos vão se transformando em grãos e amadurecendo, proporcionando aos muitos colonos, que desfrutassem de seus benefícios.
Os pelo menos três quilos da fruta colhidos por pé anualmente, muito mais do que alimentar os corpos, alimentam memórias capazes de criar vínculos afetivos que ficarão guardados para sempre em muitas lembranças.
Muitas pessoas das comunidades do distrito de Tigipió passaram por essa fase nostálgica, do artesanato até a primeira indústria de café do município. Com a modernização, tudo ficou mais fácil e os pequenos proprietários deixaram de cultivar o café em suas terras.