Padre Elinton Costa
Neste mês de maio recordamos uma data especial no calendário civil: o Dia das Mães! Uma data que também está presente nas comemorações da Igreja Católica: o mês dedicado à devoção de Maria, Mãe de Deus e nossa. Entre as celebrações, católicos de todo o mundo no dia 13, fazem memória as aparições em Fátima, Portugal, onde a Santíssima Virgem apareceu a três crianças, depois conhecidas como “os três pastorinhos”.
Esta aparição de Nossa Senhora aconteceu no ano de 1917, o ano da Revolução Soviética. Os pastorinhos se chamavam Lúcia dos Santos e os seus primos Francisco e Jacinta. O lugar específico chama-se Cova da Iria. Segundo os relatos, as aparições aconteceram nos dias 13 de maio, 13 de junho, 13 de julho, 13 de setembro e 13 de outubro.
Você deve estar se perguntando porque não apareceu em agosto? Pois bem, no mês de agosto, dia 19, do mesmo ano, a aparição mariana ocorreu no lugar denominado Valinhos, também em Fátima. Na ocasião, os pastorinhos tinham sido levados pelo Administrador do Concelho, para Vila Nova de Ourém para testemunhos os fatos, no dia 13.
Nas aparições de Nossa Senhora em Fátima, Maria apresenta-se como a Virgem do Rosário, e dessa mesma forma, pede aos pastorinhos que rezem o terço como meio de penitência, sacrifício em reparação aos pecados e ofensas ao Sagrado Coração de Jesus. O centro da mensagem de Fátima é a necessidade de conversão.
Ao todo, são três segredos, o primeiro: uma visão do inferno, o segundo: um chamado a consagração ao Imaculado Coração de Maria e ao Sagrado Coração de Jesus do mundo inteiro, inclusive a Rússia que estava em guerra; e o terceiro: segredo o atentado a um homem de branco (mais tarde identificado como o Papa Joao Paulo II) e o apelo a conversão mais uma vez.
Essas aparições datam de aproximadamente 104 anos atrás. Porém, diante de tanta violência e desesperança em que vivemos e sinais de morte, nos resta rezar e lutar por conversão através da penitência e do sacrifício. Penitência para: nos reconciliar com Deus e com os irmãos, sacrifício para amar mesmo na dor as pessoas que já perderam o significado da vida e Amar a Deus e aos irmãos como se fôssemos crianças que se convertem com sinceridade.
Deus não nos abandona em momento algum, assim como também Maria, mãe de Jesus e nossa nunca abandona um filho seu! Se Deus a escolheu por mãe de seu filho, quem somos nós para não acolhermos sua intercessão e seu amor. Ela mais que ninguém nos aponta Jesus, até porque o teve nos braços desde o nascimento até a cruz. Ela sabe o que estamos vivendo e sofrendo, e, por isso sabe como nos ajudar.
Que neste mês de maio olhando para Maria, tenhamos a coragem de buscar a conversão sincera pela fé. Assim renovando as esperanças em um mundo novo e fraterno!